S�o Paulo - O governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), passou por uma saia-justa em visita realizada nesta sexta-feira, 5, ao Centro de Refer�ncia de �lcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), ap�s ser cobrado por dependentes qu�micos em tratamento na unidade. Cinco usu�rios de drogas que disseram estar internados no Cratod reclamaram para o governador enquanto o tucano esteve nas depend�ncias do centro, localizado na regi�o central de S�o Paulo.
Na entrevista concedida ap�s a visita, Alckmin prometeu ampliar os leitos a dependentes qu�micos de 3 mil para 5 mil em quatro anos e afirmou que os tr�s rapazes que n�o foram internados ser�o encaminhados para a unidade do Cratod de Cajamar, na regi�o metropolitana. Tamb�m nesta sexta, a campanha tucana dedicou praticamente todo o tempo do hor�rio eleitoral da TV ao assunto, com destaques para o programa Recome�o, mantido pelo governo do Estado.
Alckmin elogiou os funcion�rios do Cratod durante a coletiva. "Estamos com um investimento muito grande. Eu venho aqui toda semana: �s vezes venho de noite, passo a madrugada, venho no domingo. O trabalho n�o � f�cil, mas a equipe � muito dedicada", afirmou.
Falta de leitos
Quando se preparava para deixar o centro, Alckmin voltou a ser abordado por outros dois usu�rios que tamb�m afirmaram estar internados no local. Leonardo Peter Marques, de 25 anos, come�ou a reclamar para o governador da falta de leitos e da car�ncia de materiais daquela unidade. Alckmin ouviu o come�o das queixas, j� entrando no carro. E disse: "A gente vai ver isso tudo".
O rapaz continuou a reclamar aos jornalistas e disse que um seguran�a do centro pagou do bolso pr�prio um almo�o para ele pois n�o havia mais comida no Cratod. "O governador vem aqui s� em ano de elei��o tentando mostrar que est� tudo em mil maravilhas. Mas n�o est�. Est� decaindo", afirmou ele, ao citar tamb�m a falta de funcion�rios. Ele reclamou ainda de ter que dormir no sof�, j� que n�o h� leitos suficientes. diretora da unidade do Cratod, Ana Leonor Sala Alonso, negou que o centro esteja com falta de funcion�rios e com car�ncia de leitos. Questionada sobre o paciente ter passado a noite no sof�, ela afirmou que a den�ncia ser� verificada.