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Estado de Minas

Homem-bomba detona mais um esc�ndalo sobre mega esquema de lavagem de dinheiro

Em depoimentos � Justi�a, ex-diretor da Petrobras preso pela PF cita seis governadores,12 senadores, 49 deputados e um ministro que teriam participado de esquema de propina


postado em 06/09/2014 06:00 / atualizado em 06/09/2014 07:20

Naira Trindades, Andr� Shalders e Eduardo Milit�o


Uma das peças centrais de suposto esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, Paulo Roberto Costa foi preso em março pela Polícia Federal(foto: DANIEL CASTELLANO/AGÊNCIA DE NOTíCIAS GAZETA DO POVO/ESTADãO CONTEúDO)
Uma das pe�as centrais de suposto esquema de lavagem de dinheiro e evas�o de divisas, Paulo Roberto Costa foi preso em mar�o pela Pol�cia Federal (foto: DANIEL CASTELLANO/AG�NCIA DE NOT�CIAS GAZETA DO POVO/ESTAD�O CONTE�DO)
Bras�lia – Homem-bomba da Petrobras, o ex-diretor de abastecimento e refino da estatal Paulo Roberto Costa come�ou a revelar nomes de supostos envolvidos no mega esquema de lavagem de dinheiro que movimentou cerca de R$ 10 bilh�es, segundo a Pol�cia Federal. Em depoimentos prestados aos procuradores do Minist�rio P�blico Federal de Curitiba e a policiais desde 29 de agosto, quando assinou um acordo da dela��o premiada, Costa citou a participa��o de pelo menos 61 parlamentares — 49 deputados e 12 senadores —, seis governadores e um ministro que estariam no esquema.

Informa��es da Pol�cia Federal revelam que Paulo Roberto come�ou a apresentar nomes de pol�ticos ap�s prestar depoimentos considerados insatisfat�rios pelos investigadores no in�cio desta semana. As cita��es reveladas pelo delator no interrogat�rio s�o gravadas em v�deos que servem de base para a pol�cia avan�ar na apura��o da Opera��o Lava-Jato, deflagrada em 17 de mar�o, que prendeu o doleiro Alberto Youssef e outras 13 pessoas. No depoimento, Paulo Roberto contou que pol�ticos receberiam 3% de comiss�o sobre o valor de cada contrato da Petrobras firmado durante a gest�o do ex-diretor � frente da �rea de abastecimento e refino da estatal.

O n�mero de pol�ticos envolvidos no esquema ainda deve aumentar at� o final dos depoimentos do delator. O jornal Estado de S.Paulo revelou ontem que Paulo Roberto Costa mencionou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), como um dos benefici�rios das propinas. Segundo o jornal, um dos neg�cios mencionados envolvendo Renan � um acerto com o doleiro para que o Postalis comprasse R$ 50 milh�es emitidos da Marsans Viagens e Turismo, que tinha Alberto Youssef como um dos investidores. Renan e Youssef teriam se encontrado em Bras�lia para acertar a comiss�o do PMDB no esquema dias antes da opera��o ser deflagrada.

Al�m do PMDB, o PT, o PP, o PTB e o PR s�o mencionados como envolvidos na lavagem de dinheiro. Esta n�o � a primeira vez que as legendas aparem nas investiga��es da Pol�cia Federal. Logo ap�s deflagrada a Lava-Jato, as investiga��es revelaram o envolvimento dos deputados federais Andr� Vargas (sem partido-PR) , Luiz Arg�lo (SDD-BA), M�rio Negromonte (PP-BA), Aline Corr�a (PP-SP), Arthur Lira (PP-AL), Jo�o Pizzolati (PP-SC) e Nelson Meurer (PP-PR) com o doleiro. O ex-deputado federal Pedro Corr�a (PP-PE) tamb�m j� foi citado nas investiga��es como participante do esquema.

CHEQUES
O senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) tamb�m chegou a ter o nome mencionado por ter recebido oito cheques do doleiro no valor R$ 50 mil. A exist�ncia dos comprovantes banc�rios fez Collor ser alvo de investiga��o no Supremo Tribunal Federal. At� mesmo o tesoureiro do PT, Jo�o Vaccari, apareceu na dela��o. As revela��es do ex-diretor d�o conta da forma��o de um cartel para desviar recursos. “Todo dia tinha pol�tico batendo na minha porta”, afirmou Costa, segundo consta nos autos. Al�m dele, o doleiro Alberto Youssef tamb�m vivia rodeados de pol�ticos. “Ele � muito bem relacionado e mantinha muitas rela��es com pol�ticos”, contou uma fonte.

As informa��es da dela��o premiada abriram uma crise no Pal�cio do Planalto. Preocupados com a repercuss�o das informa��es no governo e na corrida presidencial, a presidente Dilma Rousseff se reuniu ontem com ministros. Respons�vel pela Secretaria de Comunica��o Social da Presid�ncia (Secom), o ministro Thomas Traumann, teria deixado de viajar para o Rio de Janeiro para monitorar os desdobramentos da situa��o. O jornal O Globo informou que Dilma tamb�m se encontrou com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, no Pal�cio da Alvorada.


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