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Estado de Minas

Investimento deve ser maior com A�cio ou Marina


postado em 07/09/2014 08:07 / atualizado em 07/09/2014 10:24

S�o Paulo, 07 - O primeiro ano de governo do pr�ximo presidente da Rep�blica ser� marcado pelo investimento ainda estagnado, ou mesmo em queda, na avalia��o de economistas, analistas e acad�micos ouvidos pelo Broadcast, servi�o em tempo real da Ag�ncia Estado, ao longo desta semana. A recupera��o da confian�a dos empres�rios e a retomada no fluxo de investimentos devem ocorrer s� em 2016 e tendem a ter o ritmo mais acelerado com a vit�ria da oposi��o. Os candidatos Marina Silva (PSB) e A�cio Neves (PSDB) s�o considerados pelo mercado mais liberais do que a presidente Dilma Rousseff (PT), o que beneficia o empreendedorismo privado.

O presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e Globaliza��o Econ�mica (Sobeet), Lu�s Afonso Lima, � pessimista e espera piora do investimento em 2015. Ele cita o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) no Brasil, que, em sua estimativa, deve cair no ano que vem para n�vel inferior aos US$ 60 bilh�es previstos para 2014, independentemente de quem for eleito. Al�m dos ajustes internos, a baixa, segundo Afonso Lima, ocorrer� em linha com a retra��o nos investimentos em pa�ses emergentes.

"N�o d� para acreditar que por conta de uma altera��o no governo, independente de quem assumir, o atual cen�rio de investimento mudar� em 2015", refor�ou o professor titular da Faculdade de Economia, Administra��o e Contabilidade da Universidade de S�o Paulo (FEA/USP) Alberto Borges Matias

De acordo com o presidente da Sobeet, o ritmo de retomada da taxa de investimento no Brasil, a partir de 2016, depender� de quem ser� o presidente. Com Marina ou A�cio eleitos, ele estima que os investimentos poderiam atingir 21% do PIB em 2016. O economista e s�cio da Tend�ncias Consultoria Integrada, Juan Jensen, concorda. Segundo ele, em eventuais governos da oposi��o, a taxa de investimento do Brasil dever� superar os 20% do PIB.

J� num segundo mandato de Dilma, a taxa s� voltaria para os 18% do PIB apurados em 2013 num prazo de dois anos, de acordo com as previs�es de Lima. Jensen avalia que, com a reelei��o de Dilma, o investimento ficaria praticamente est�vel pr�ximo �s taxas de hoje - entre 17% e 18% do PIB. "Nossa vis�o � de que tem muita incerteza por parte dos investidores. Vimos muitas interven��es do atual governo na economia, com altera��es de regras no meio do jogo", justificou.

Privatiza��es

Um dos fatores que levam os especialistas a atribu�rem maior possibilidade de avan�o dos investimentos no caso de uma vit�ria de A�cio � o hist�rico de privatiza��es do PSDB, j� que a percep��o � de que isso favoreceria os investimentos diretos em infraestrutura. O tucano e Marina, de acordo com o professor Matias, "mostraram claramente que o modelo adotado seria o de menor interven��o do Estado na log�stica e infraestrutura, com concess�es e Parcerias P�blico-Privadas (PPPs)".

"Dilma, pelo hist�rico, continuar� fazendo mais do mesmo, expandindo cr�dito, apostando no aumento da renda para estimular a demanda e, se fizer algumas mudan�as, ser� contra a vontade dela", disse. "Da Marina a gente s� conhece o programa de governo, que toca em pontos sobre os quais o empresariado vem reclamando h� muito tempo. O PSDB tem hist�rico e experi�ncia para resgatar a confian�a do investidor dom�stico e estrangeiro", completou Afonso Lima.

Jensen aponta ainda que a Taxa Interna de Retorno (TIR) dos investimentos poder� sofrer interfer�ncia do governo caso Dilma seja reeleita. Nos governos de Marina ou A�cio, ele avalia que a TIR seria definida pelo mercado, desde que sejam criadas condi��es competitivas. Ainda para o economista, o papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) no financiamento de investimentos tende a se reduzir numa eventual gest�o de Marina ou de A�cio.

J� o s�cio fundador da GO Associados, Gesner Oliveira, avalia que o BNDES seguir� com papel fundamental no financiamento de projetos de infraestrutura no pr�ximo governo, independentemente de quem seja o vencedor. "Seria ilus�rio imaginar que, de repente, haver� a substitui��o pelo financiamento privado."

Para Oliveira, o fato de A�cio ter anunciado Arm�nio Fraga como seu ministro da Fazenda, caso seja eleito, � positivo para as estimativas de investimento. Segundo ele, sinais "positivos e claros" de candidatos para as pol�ticas econ�micas e de investimentos animam empres�rios.

Oliveira considera um avan�o as Parcerias P�blico-Privadas (PPPs) e as concess�es no governo Dilma e cobra uma sinaliza��o mais clara dos candidatos de que essas a��es continuar�o. "Marina e A�cio t�m uma propens�o a colocar o Estado na condi��o de regulador e menos interventor. Eu acho um bom sinal e tamb�m entendo que Dilma evoluiu nessa quest�o e, portanto, tem havido converg�ncia dos candidatos que aceitaram a realidade", avaliou.


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