Em meio � repercuss�o das revela��es feitas pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, a presidente Dilma Rousseff disse neste domingo, 7, que a lista de nomes apresentada por Costa "n�o lan�a suspeita nenhuma sobre o governo, na medida em que ningu�m do governo foi oficialmente acusado". Dilma indicou, por�m, que poder� tomar medidas "mais fortes" imediatamente, caso as den�ncias sejam comprovadas.
No depoimento de dela��o premiada, Paulo Roberto Costa citou o ministro das Minas e Energia, Edison Lob�o; os presidentes da C�mara, Henrique Eduardo Alves, e do Senado, Renan Calheiros - todos do PMDB -, al�m do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em acidente a�reo no �ltimo dia 13.
Questionada sobre a perman�ncia de Lob�o no governo, ap�s a revela��o da revista Veja, Dilma disse que n�o pode tomar "nenhuma provid�ncia" enquanto n�o tiver "todos os dados oficialmente entregues". "N�o acredito que os dados que a imprensa tem fornecido s�o oficiais. Ao ter os dados, tomarei todas as provid�ncias cab�veis, todas as medidas inclusive se tiver de tomar medidas mais fortes", ressaltou.
Acusa��o
Dilma disse a jornalistas que n�o conversou com o ministro Lob�o nos �ltimos dias. "Nem ele sabe do que � acusado, porque n�o est� na mat�ria (da revista Veja). Ningu�m sabe. N�o pode ser assim o Brasil", observou. "E quero dizer mais: o governo tem tido em rela��o a essa quest�o (investiga��o da Petrobras) uma posi��o extremamente clara. Ali�s, foram �rg�os do governo que levaram a essa investiga��o. Foi a Pol�cia Federal, n�o caiu do c�u. O governo est� investigando essa quest�o."
Para fragilizar Dilma, o candidato do PSDB � Presid�ncia, A�cio Neves, chamou as den�ncias do ex-diretor da Petrobras de "mensal�o 2", numa refer�ncia ao esc�ndalo de corrup��o que marcou o governo Lula, em 2005.
Ex-ministra da Casa Civil e tamb�m de Minas e Energia, Dilma presidiu o Conselho de Administra��o da Petrobras na �poca da compra da refinaria de Pasadena (EUA). � PF, Costa disse que houve pagamento de propina nesse neg�cio, que causou preju�zo de US$ 792 milh�es � empresa, de acordo com o Tribunal de Contas da Uni�o.
Em mar�o, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que Dilma votou a favor da compra da refinaria, quando comandava o conselho da estatal. Questionada, ela disse que s� aprovou a transa��o porque recebeu relat�rio "falho" sobre o assunto. Depois de vir � tona, o neg�cio passou a ser investigado por duas CPIs no Congresso.