
O candidato do PT ao governo de Minas, Fernando Pimentel, acusou nessa ter�a-feira o estado de ter adotado racionamento de �gua em Belo Horizonte sem avisar � popula��o. “Desliga �gua em um bairro, desliga em outro. N�o diz que � racionamento, mas j� temos problemas de abastecimento”, afirmou Pimentel, durante campanha em Par� de Minas, no Centro-Oeste mineiro. O candidato tamb�m criticou a atua��o da empresa na cidade. “Teve contrato na cidade por mais de 30 anos e foi incapaz de construir um reservat�rio que garantisse o abastecimento de �gua em per�odos de seca, como agora”, afirmou.
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Pimentel afirmou ainda que a Copasa se afastou de seu objetivo, que � prestar servi�o de qualidade aos mineiros. “Chegando ao governo, n�s vamos fazer uma revis�o profunda nesse tipo de procedimento na Copasa.” Segundo o candidato, a Prefeitura de Par� de Minas abriu licita��o para contrata��o de empresa de �gua e esgoto. Oito companhias estariam participando da concorr�ncia, o que, para o candidato, � prova de que o servi�o � “um bom neg�cio”. “A Copasa poderia ter feito esse investimento”, avaliou.
Em 8 de maio, a Prefeitura de Par� de Minas decretou estado de calamidade p�blica por falta de �gua. O contrato do munic�pio com a Copasa terminou em 2009. A abertura dos envelopes das empresas que participam da licita��o ser� dia 29. A cidade tem aproximadamente 90 mil habitantes. Do total, cerca de 70 mil sofrem com a falta d’�gua. Ao menos em parte, o abastecimento vem sendo feito por caminh�es-pipa.
A Copasa negou as suspens�es no fornecimento de �gua citadas por Pimentel. “N�o � ver�dica a informa��o de que a Copasa faz um racionamento camuflado. A companhia informa que os reservat�rios que abastecem a regi�o est�o com os n�veis de oscila��o previstos para o per�odo de estiagem. No momento, n�o h� risco de desabastecimento nem situa��es de intermit�ncia no abastecimento, visto que a distribui��o de �gua � caracterizada pela integra��o de v�rios sistemas de produ��o, localizados nas bacias dos rios das Velhas e Paraopeba. Essa integra��o permite flexibilidade e robustez ao abastecimento de �gua, tendo em vista que v�rias �reas da regi�o podem ser abastecidas por mais de um sistema de produ��o”, diz a companhia, via assessoria.
Crise
Em rela��o a Par� de Minas, a Copasa afirma que vem mantendo o fornecimento de �gua na cidade, apesar de n�o haver um contrato com o munic�pio. “Independentemente da crise h�drica que assola a cidade (entre janeiro e mar�o, choveu aproximadamente 30% da m�dia hist�rica para o per�odo no munic�pio), a empresa sempre manteve a presta��o dos servi�os relativos ao abastecimento de �gua e ao esgotamento sanit�rio locais.”
A empresa afirma ainda que “especificamente durante o per�odo de estiagem, quando o n�vel dos mananciais que abastecem Par� de Minas est� bem abaixo do normal, a companhia esclarece que o abastecimento vem sendo realizado por meio de 16 po�os profundos perfurados na cidade (cuja vaz�o m�dia � de 57 litros por segundo) e da �gua fornecida pela Esta��o de Tratamento de �gua (ETA) local (vaz�o m�dia de 65 litros por segundo). Em uma situa��o normal, a vaz�o m�dia da ETA � de 240 litros por segundo”.