Advers�rios hist�ricos no plano nacional, o PT e o DEM est�o lado a lado na disputa pelo governo do Par�, Estado com 5 milh�es de eleitores e onde a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva realizam um com�cio nesta noite.
O acordo com o PMDB foi costurado pessoalmente por Lula e pelo pai do candidato peemedebista, o senador Jader Barbalho. Para o ex-presidente e principal cabo eleitoral de Dilma, a entrada na coliga��o era a �nica forma de o PT voltar ao governo do Estado depois do fracasso eleitoral do partido em 2010, quando Ana J�lia n�o conseguiu se reeleger. Com o argumento de que o PMDB contribuiu para a derrota da petista h� quatro anos, a ala da ex-governadora defendeu uma candidatura pr�pria ao governo paraense, mas a executiva nacional do PT assegurou a alian�a com o PMDB.
A ofensiva de Dilma e de Lula a Bel�m � uma a��o para manter a lideran�a da petista no Estado alcan�ada em 2010, quando ela obteve quase 1,7 milh�o de votos. O segundo colocado naquele pleito foi o tucano Jos� Serra (cerca de 1,3 milh�o de votos) e a atual candidata pelo PSB e principal oponente da presidente em reelei��o, Marina Silva, conseguiu 470 mil votos.
"Anomalia"
Ex-prefeito de Santar�m, Lira Maia reconhece que a parceria com os petistas � uma "anomalia", mas alega que o acerto de seu partido � com o PMDB e que a realidade local se sobrep�s � nacional. "A gente considera que n�o � o normal e n�o � o comum", afirmou, "O importante � que estamos com uma candidatura consolidada".
Maia tamb�m minimizou a declara��o feita por Lula em 2010, que � �poca disse que era preciso "extirpar o DEM" da pol�tica nacional. "Eu fa�o pol�tica pensando na elei��o futura. O Lula perdeu tr�s elei��es porque n�o fez alian�as. Quando ele aceitou fazer, ganhou. N�o vejo dificuldades nisso". Maia alega que, mesmo na chapa liderada pelo PMDB, apoia a candidatura do senador A�cio Neves � presid�ncia.
Ele n�o comparecer� ao com�cio de hoje, que acontece no bairro de Pedreira, em Bel�m, mas nega que sua aus�ncia seja em raz�o dos petistas. Ele justifica que n�o poder� comparecer porque viaja ainda hoje para Santar�m, sua base eleitoral.