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Estado de Minas

PT, PSB e PSDB apresentam propostas econ�micas de seus candidatos


postado em 10/09/2014 19:59

Representantes dos candidatos � Presid�ncia da Rep�blica mais bem colocados nas pesquisas de inten��o de voto apresentaram nesta quarta-feira, no F�rum Nacional, suas ideias e programas para a �rea econ�mica. Promovido pelo Instituto Nacional de Altos Estudos na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), o evento teve como tema Vis�es do Desenvolvimento Brasileiro e a Nova Revolu��o Industrial.

O assessor da Presid�ncia da Rep�blica para Assuntos Internacionais, Marco Aur�lio Garcia, que representou a presidenta Dilma Rousseff, candidata do PT � reelei��o, disse que o crescimento baseado na amplia��o do mercado interno n�o est� esgotado e que o Brasil, por n�o ser ainda um pa�s de classe m�dia nos padr�es das na��es desenvolvidas, tem espa�o para ampliar o mercado, n�o s� em suas dimens�es, "mas tamb�m em sua profundidade de absor��o". Garcia criticou a proposta de independ�ncia do Banco Central, que, para ele, significaria uma depend�ncia dos bancos privados e reduziria a capacidade do governo de promoverpol�ticas macroecon�micas e de desenvolvimento.

Ele destacou que a coliga��o liderada pelo PT tem, como pilares de um salto produtivo para o Brasil, a solidez macroecon�mica, o aumento da amplitude de pol�ticas sociais para atender a reivindica��es como mobilidade, seguran�a, educa��o e saneamento, e o incentivo a um novo modelo produtivo, que ganhar� competitividade com o investimento em inova��o e qualifica��o, e ser� refor�ado pelo pr�-sal, que "ter� profundas implica��es na constitui��o de uma ind�stria moderna e competitiva no Brasil". Entre as a��es do governo, Garcia citou o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino T�cnico e Emprego), o ProUni (Programa Universidade para Todos) e o Ci�ncia sem Fronteiras, e os investimentos da empresa Finep - Investimento e Pesquisa no incentivo � inova��o.

Marco Aur�lio Garcia tamb�m defendeu o Mercado Comum do Sul (Mercosul), dizendo que n�o corresponde � realidade a afirma��o de que acordos bilaterais resolveriam os problemas da economia brasileira. Segundo Garcia, o Mercosul est� pronto para fechar acordo com a Uni�o Europeia, e isso n�o se d� porque os europeus n�o t�m uma proposta pronta, por estarem em "uma crise selvagem". Ainda sobre o Mercosul, o assessor presidencial disse que propicia ao Brasil grande parte de suas exporta��es com valor agregado.

O economista Jos� Roberto Mendon�a de Barros, que representou o candidato do PSDB, A�cio Neves, disse que o governo n�o soube reconhecer que � necess�ria uma transi��o entre modelos "com o esgotamento do arranjo de crescimento que aconteceu at� 2010". Entre os fatores que apontou para a mudan�a, est�o a desacelera��o do crescimento da China, grande importadora de produtos brasileiros, o fim do per�odo internacional de juros muito baixos e do crescimento acelerado da demanda interna, o menor aumento na arrecada��o e o t�rmino do crescimento r�pido do Produto Interno Bruto (PIB) e da pol�tica de "campe�es nacionais", que considerou fracassada. Como exemplo, o economista citou a derrocada do conglomerado X, do empres�rio Eike Batista. Mendon�a de Barros disse que s� um governo de oposi��o, com experi�ncia, ter� credibilidade dos agentes econ�micos para retomar o crescimento.

Ele reconheceu que o pa�s avan�ou no combate a infla��o, na gera��o de emprego e na redu��o das desigualdades, mas ressaltou que "o Brasil n�o come�ou em 2003", em refer�ncia a governos anteriores como os do PSDB. Para o economista, a queda da ind�stria automobil�stica, prevista para 10% neste ano, � um dos maiores equ�vocos de pol�tica industrial dos �ltimos tempos. Mendon�a de Barros criticou tamb�m a Medida Provis�ria (MP) 579, que, em sua opini�o, desestruturou o setor el�trico, levando � quebra do Sistema Eletrobras. O representante de A�cio disse que um governo do PSDB reorganizaria as contas p�blicas com transpar�ncia, "j� que [hoje elas] est�o contaminadas pela contabilidade criativa do governo".

De acordo com Mendon�a de Barros, s� haver� retomada do crescimento com a simplifica��o do sistema tribut�rio, que � o caminho para a redu��o da carga. Para ele, essa medida � t�o importante hoje quanto o combate � infla��o foi no come�o dos anos 90. "� por isso que os caramelos e outros agrados tribut�rios n�o trouxeram o crescimento de volta", ironizou o economista, em refer�ncia � desonera��o tribut�ria em alguns setores. � preciso ainda "destrancar as regula��es trabalhistas, sem a perda de direitos", e "acabar com o mito de que a terceiriza��o [de servi�os] precariza o trabalho", concluiu.

Falando pela candidata do PSB, Marina Silva, o professor de direito da Universidade Federal de Pernambuco e ex-deputado Maur�cio Rands criticou o que chamou de simplifica��o do debate por marqueteiros. Ele exemplificou com uma propaganda do PT, segundo a qual, "dar independ�ncia ao Banco Central (BC) � tirar comida da mesa do pobre". Rands ressaltou que a independ�ncia do BC � que vai dar credibilidade � pol�tica monet�ria para reduzir a infla��o.

Ele destacou que � preciso reconhecer os avan�os da institucionaliza��o da democracia, com o PMDB, da estabiliza��o da economia, com o PSDB, e da redu��o das desigualdades, com o PT, mas afirmou que o Brasil parou de melhorar nos �ltimos anos. Rands tamb�m se op�s � fala de Marco Aur�lio Garcia de que s� h� dois projetos econ�micos em discuss�o e destacou que o projeto do PSB � o terceiro e quer unir o Brasil. Rands ressaltou que o partido ter� um novo modo de fazer pol�tica e n�o trocar� espa�os no Estado por minutos de televis�o ou por apoio no Congresso, o que, na vis�o dele, gera epis�dios de corrup��o. O professor defendeu a necessidade de maior integra��o entre as �reas do governo, de reduzir a burocracia e reformar o Judici�rio, para que se sinta correspons�vel pelo desenvolvimento nacional.

Rands disse que a Petrobras n�o pode ser usada no controle do pre�o dos combust�veis e da infla��o e que, para uma pol�tica energ�tica sustent�vel, n�o basta investir em fontes renov�veis. Ele considerou uma "manipula��o grosseira" dos advers�rios dizer que Marina � contra a explora��o do pr�-sal, que � "uma riqueza estrat�gica". Segundo Rands, o PSB prop�e uma gest�o baseada em monitoramento de resultados e a cria��o do Conselho Nacional de Responsabilidade Fiscal, em que a sociedade poderia ajudar os governantes a ter mais rigor nas contas p�blicas. O partido defende tamb�m "pol�ticas sociais de terceira gera��o", como porta de sa�da de programas sociais, e um pacto nacional pela educa��o.

Com Ag�ncia Brasil


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