
O candidato do PSDB � Presid�ncia da Rep�blica, A�cio Neves, voltou a criticar na tarde desta quinta-feira, ap�s uma carreata do aeroporto de Montes Claros (MG) ao Autom�vel Clube, o PT e a advers�ria Marina Silva (PSB) em ato com centenas de aliados e cabos eleitorais. Em seu discurso, o tucano lembrou que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva editou medida provis�ria "no apagar das luzes" de seu governo concedendo benef�cios tribut�rios para que uma nova f�brica da Fiat, inicialmente prevista para ser constru�da em Minas, fosse transferida para Pernambuco - ent�o governado por Eduardo Campos, que na ocasi�o era aliado do governo federal.
O presidenci�vel, que classificou a MP como uma "trai��o a Minas", ressaltou ainda que uma emenda estendia os incentivos fiscais para o norte mineiro e o Vale do Jequitinhonha. "A presidente Dilma Rousseff, que veio aqui com sorriso pedir o voto de voc�s, vetou esse artigo", salientou, referindo-se a uma visita da petista e de Lula � mesma cidade em agosto passado.
Os ataques de A�cio podem ser considerados como uma tentativa de reverter o atual cen�rio mostrado pelas pesquisas eleitorais no Estado. Minas � o principal reduto eleitoral do tucano, mas pesquisa Datafolha divulgada ontem, com margem de erro de tr�s pontos porcentuais para mais ou para menos, mostrou que ele tem 26% da prefer�ncia do eleitorado mineiro, em empate t�cnico com Marina, que tem 25%, enquanto Dilma aparece com 33%.
E n�o foi s� ao PT que A�cio dirigiu ataques. Tanto em seu discurso quanto em entrevista concedida antes, o tucano fez quest�o de pontuar uma s�rie de "incoer�ncias" entre as posi��es adotadas por Marina Silva no passado e as propostas que apresenta atualmente. Para o senador, o eleitor tem "o dever e o direito de saber como pensa cada candidato". E ainda voltou a associar a socialista � presidente Dilma. "Vejo muitas semelhan�as hoje no discurso da candidata Marina, que respeito pessoalmente, com o discurso da candidata Dilma quatro anos atr�s. At� porque conviveram muito tempo juntas no pr�prio PT", concluiu.
Mais cedo, A�cio tinha classificado tamb�m como "absolutamente conden�vel" as acusa��es pessoais feitas por Dilma � Marina, e afirmou que n�o entrar� num "vale tudo" para ganhar o pleito, fazendo apenas cr�ticas no "campo pol�tico". "Essa elei��o � diferente de tudo que vimos at� aqui. H� 30 dias era outro cen�rio. J� tinha gente tomando uma porque n�s �amos para o segundo turno e �amos ganhar a elei��o. A coisa mudou e vamos reconhecer que mudou", disse.
O tucano atribuiu o desempenho de Marina a um "sentimento de como��o" com a morte de Eduardo Campos (PSB), que encabe�ava a chapa hoje liderada pela socialista, al�m de "certa indigna��o com tudo isso que est� acontecendo no Brasil", mas avaliou que j� h� uma "estabiliza��o". "Eu acredito no lugar mais profundo da minha alma que o bem e a verdade v�o vencer. E n�s somos a verdade", declarou.
Com Ag�ncia Estado