EUA viam Marina como 'dogm�tica' da �rea ambiental

A diplomacia norte-americana chamou a candidata � Presid�ncia Marina Silva (PSB) de "dogm�tica" e n�o disfar�ou a satisfa��o com sua sa�da do Minist�rio do Meio Ambiente, em maio de 2008. � o que revela uma s�rie de telegramas do Departamento de Estado norte-americano, coletados pelo grupo WikiLeaks.

Nos documentos, Washington indica que tentou uma aproxima��o com Marina, em encontros com diplomatas e at� convidando a ent�o ministra para uma viagem aos parques naturais dos EUA. Mas n�o hesitou em alertar que, diante de sua queda, as "oportunidades" de aproxima��o com o Brasil aumentaram em setores-chave para os norte-americanos, como biotecnologia e transg�nicos.

Marina foi ministra no governo de Luiz In�cio Lula da Silva entre 2003 e 2008. Neste per�odo, seu discurso sobre o desmatamento da Amaz�nia foi elogiado pela comunidade internacional, inclusive nos documentos internos do governo norte-americano. Mas ela tamb�m era vista como obst�culo em certas �reas e sua sa�da era vista como uma chance de se abrir novas colabora��es com Bras�lia.

Num telegrama de 8 de setembro de 2009, um ano depois da sa�da de Marina do governo, a embaixada dos EUA em Bras�lia informa o Departamento de Estado em Washington sobre o "potencial de trabalhar de forma mais estreita com o Brasil em biotecnologia". "Biotecnologia e recursos gen�ticos s�o quest�es que t�m dividido os minist�rios brasileiros, com a Agricultura apoiando e, at� recentemente, o Minist�rio do Meio Ambiente expressando um ceticismo e cautela."

Mas, segundo a diplomacia, "a chegada de um ministro do Meio Ambiente mais pragm�tico apresenta uma oportunidade para o governo dos EUA a encorajar o governo do Brasil a trabalhar de forma mais estreita com os EUA nesses assuntos-chave". O novo ministro, no caso, seria Carlos Minc.