Usar as redes sociais para compensar a pouca presen�a nas ruas � a estrat�gia dos candidatos por partidos menores. Eles tamb�m tentam aproveitar todas as oportunidades de aparecer na m�dia e apostam na propaganda boca a boca feita pelos seus apoiadores. O advogado Eduardo Ferreira (PSDC) est� entre os que acreditam que a voz do povo � a melhor alternativa. “Quando o povo se imbui dessa responsabilidade e internaliza que � preciso ter posicionamento voc� n�o precisa fazer quase nada. A pr�pria popula��o se incube de divulgar seu nome”, acredita.
Como os demais candidatos de partidos pequenos, Eduardo Ferreira viaja em carro pr�prio e prefere os lugares que lhe permitem voltar � capital, para n�o ter de gastar com hospedagem. Com toda a dificuldade de estrutura, ele tem ao menos uma contabilidade positiva. “Estou quebrando um paradigma de ser o primeiro negro candidato ao governo. Se voc� pegar os dados do Censo, 9,2% do eleitorado mineiro � formado por negros e 44% s�o tidos como pardos. Isso d� 53,2% da popula��o, metade do eleitorado. Imagina o significado disso?”, pergunta, emendando que com espa�o de divulga��o pode conquistar os votos dos indecisos.
A t�cnica de enfermagem Cleide Don�ria (PCO) � pouco vista nas ruas e foi a mais dif�cil de ser encontrada pela reportagem. Apesar da pouca exposi��o, a �nica mulher a concorrer ao governo estadual diz ter ido a 12 cidades conversar com os trabalhadores, principalmente os da sa�de, �rea em que atua. “A gente tem ido � casa de amigos, cada cidade tem pessoas que nos chamam e vamos com o m�nimo de custo. Tamb�m temos investido na constru��o de n�cleos populares em cada cidade”, conta a candidata.
PROXIMIDADE Segundo ela, n�o � preciso ir at� os eleitores, pois eles pr�prios a abordam. “Como somos trabalhadores e andamos de Move, as pessoas recorrem a n�s, nos pedem para a gente usar nosso espa�o pequeno (pouco menos de um minuto) e fazer den�ncias”, afirma. Al�m disso, Cleide diz nem tentar chamar muito a aten��o do eleitor por ter material de divulga��o limitado. “Fazemos no m�ximo tr�s eventos por dia, porque nosso deslocamento � de �nibus, na rodovi�ria, em carro de amigos, de acordo com as possibilidades”, explica. Grande parte dos compromissos de agendas � interna.
Sem comit� de campanha, Cleide tem sua base na sede do PCO, na Rua S�o Paulo, e conta com bra�os que atendem no Sindicato dos Correios. Ela n�o recebe doa��o de empresas. “Isso dep�e contra o nosso programa, porque quem d� o dinheiro d� a pol�tica”, defende. Perguntada sobre material de campanha, a candidata diz estar se organizando ainda. Isso a menos de um m�s da elei��o. “Temos um material conjunto da nacional, com todos os candidatos, financiado por eles.