O vice na chapa de Marina Silva (PSB), Beto Albuquerque, afirmou que mudan�as nos encargos trabalhistas n�o devem ser uma prioridade, pois se trata de uma quest�o derivada da complexidade tribut�ria do Brasil. "O encargo trabalhista hoje � caro porque o custo tribut�rio do Pa�s � maior ainda", disse nesta quarta-feira, 17, ao participar da s�rie 'Entrevistas Estad�o'.
Sobre a fala de ontem de Marina, de desconhecer a promessa de Eduardo Campos de apresentar um texto base, com as principais propostas para a reforma, antes da elei��o, Beto disse que Marina provavelmente n�o sabia mesmo, mas admitiu que Campos havia assumido tal compromisso. "Talvez ela desconhecesse mesmo. O Eduardo tinha um estilo completamente diferente da Marina. Eduardo queria trabalhar com antecipa��o, sim."
Segundo Beto, os princ�pios da reforma devem se nortear pela simplifica��o, al�m de uma negocia��o com os entes federados. "Todas as reformas at� hoje tiravam autonomia dos Estados, sem qualquer contrapartida. Eu estou dando um dado novo, a quest�o do endividamento dos Estados tem que estar nessa conversa", afirmou.
Para Beto, � poss�vel acabar com a guerra fiscal em torno das diferentes al�quotas de ICMS desde que se d� uma contrapartida aos Estados, como negocia��o das d�vidas com a Uni�o, por exemplo, e desde que a reforma seja feita de forma fatiada, com per�odos de transi��o. "Nada entrar� em vigor no primeiro semestre ou no primeiro ano de governo. Voc� precisa ter um calend�rio de quando as coisas ir�o acontecer."