Bras�lia - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira que vai pedir ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki acesso aos termos dos depoimentos do ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, delator de um suposto esquema de pagamento de propina na estatal a pol�ticos aliados do Pal�cio do Planalto. Nessa quinta-feira � noite, o Procurador-Geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, negou pedido semelhante feito pela Presid�ncia.
"Quero ser informada se no governo tem algu�m envolvido", disse Dilma. "Eu n�o reconhe�o na imprensa o status que tem a Pol�cia Federal, o Minist�rio P�blico e o
Desde o dia 29 de agosto, o ex-dirigente da petroleira est� prestando uma s�rie de depoimentos em um acordo de dela��o premiada no qual tem revelado suspeitas de crimes de pagamento de propina a dezenas de pol�ticos, inclusive do PMDB e do PT. O caso corre em segrego de Justi�a, mas alguns nomes come�aram a ser revelados pela imprensa como tendo sido citados pelo delator. Dentre eles, o ministro de Minas e Energia, Edison Lob�o, e os presidentes da C�mara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
"Quando sai uma den�ncia na (revista) Veja, ou em qualquer outro jornal, eu n�o tomo medida porque sou presidente da Rep�blica. N�o tomo medida baseada no 'diz que disse'", afirmou Dilma. "N�o � poss�vel que a Veja saiba de uma coisa e o governo n�o saiba quem est� envolvido".
Dilma defendeu que os �rg�os de investiga��o apurem todas as den�ncias de irregularidades e criticou o vazamento de informa��es da dela��o premiada para a imprensa. De acordo com ela, isso compromete as provas das investiga��es. "A� voc� investiga, o Minist�rio P�blico denuncia e n�o pode ser condenado porque prova ficou comprometida", disse. "N�o � fun��o da imprensa fazer a investiga��o, a fun��o � divulgar".
Pasadena
Ao ser questionada sobre o novo vazamento de trechos da dela��o premiada de Paulo Roberto Costa, que teria revelado � Justi�a o recebimento de R$ 1,5 milh�o de propina na opera��o da compra da refinaria de Pasadena (EUA), a presidente Dilma respondeu com irrita��o: "Disse pra quem? Se voc� me disser para quem ele disse, quem disse e como � que disse, eu te respondo. Caso contr�rio (n�o tem como responder)" .
A presidente reiterou que s� pode confiar em informa��es oficiais. "Minha querida, eu s� recebo informa��o de juiz, procurador e delegado da Pol�cia Federal", declarou ela, reiterando que � a favor de que tudo seja investigado. "Eu sou a favor de investigar. Nada � colocado para baixo do tapete e acho que o maior mal atual � a impunidade", afirmou. "Se voc� investiga, descobre o malfeito e n�o condena, voc� cria no Brasil sensa��o de que ele sofre um tempo, mas n�o teve pena nenhuma. � assim que a gente protege a impunidade e protege, porque voc� n�o prende, n�o pune", disse ela. "Por isso eu digo: toler�ncia zero".
Com Ag�ncia Estado