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Estado de Minas

'N�o � fun��o da imprensa investigar', diz Dilma


postado em 20/09/2014 08:01 / atualizado em 20/09/2014 08:23

A presidente Dilma Rousseff criticou ontem em Bras�lia os novos vazamentos de trechos dos depoimentos � Justi�a do ex-diretor da Petrobr�s Paulo Roberto Costa, delator de esquema suspeito de pagamento de propinas na estatal. Ap�s ver a Procuradoria-Geral da Rep�blica lhe negar acesso ao conte�do das declara��es de Costa, a presidente disse que vai pedir ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, o compartilhamento das informa��es. “Quero ser informada se no governo tem algu�m envolvido”, disse Dilma, que reclamou do fato de detalhes dos depoimentos - inclusive nomes de envolvidos - terem “vazado” para os meios de comunica��o.

Anteontem, o Jornal Nacional, da TV Globo, revelou que Costa teria admitido � Justi�a o recebimento de R$ 1,5 milh�o em propina na compra da refinaria de Pasadena, no Texas, nos Estados Unidos. Segundo o Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), a opera��o resultou em um preju�zo de US$ 792,3 milh�es para a Petrobr�s.

Questionada sobre o tema, Dilma argumentou que s� pode confiar em informa��es oficiais: “Disse pra quem? Se voc� me disser para quem ele disse, quem disse e como � que disse, eu te respondo. Caso contr�rio...”, respondeu a presidente. “Eu n�o reconhe�o na imprensa o status que tem a Pol�cia Federal, o Minist�rio P�blico e o Supremo (Tribunal Federal). N�o � fun��o da imprensa fazer a investiga��o; a fun��o � divulgar”, afirmou Dilma.

Desde o dia 29 de agosto, Paulo Roberto Costa est� prestando uma s�rie de depoimentos em um acordo de dela��o premiada no qual tem revelado suspeitas de crimes de pagamento de propina a dezenas de pol�ticos, inclusive do PMDB e do PT, os dois principais integrantes da base aliada.

O caso corre em segredo de Justi�a, mas alguns nomes come�aram a ser veiculados em reportagens como tendo sido citados pelo delator. Dentre eles, o ministro de Minas e Energia, Edison Lob�o (PMDB); os presidentes da C�mara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL); os senadores do PP Ciro Nogueira (PI) e Francisco Dornelles (RJ); o l�der do PMDB na C�mara, Eduardo Cunha (RJ); os governadores do Cear�, Cid Gomes (PROS), e do Maranh�o, Roseana Sarney (PMDB); e os ex-governadores S�rgio Cabral (PMDB), do Rio de Janeiro, e Eduardo Campos (PSB), de Pernambuco, que morreu em um acidente a�reo no m�s passado; al�m do tesoureiro nacional do PT, Jo�o Vaccari Neto. Todos os supracitados negam as acusa��es e envolvimento com o ex-diretor da estatal.

“Quando sai uma den�ncia na (revista) Veja, ou em qualquer outro jornal, eu n�o tomo nenhuma medida porque sou presidente da Rep�blica. N�o tomo medida baseada no ‘diz que disse’”, afirmou Dilma. “N�o � poss�vel que a Veja saiba de uma coisa e o governo n�o saiba quem est� envolvido”, disse a presidente. De acordo com a petista, a veicula��o de informa��es sigilosas compromete as provas das investiga��es. “A� voc� investiga, o Minist�rio P�blico denuncia e n�o pode ser condenado porque a prova ficou comprometida”, disse Dilma.


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