Erro no Pnad representa 'aprendizado', diz ministra

Os erros do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) na elabora��o da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lio (Pnad) representam um "grande aprendizado" para o Brasil. A avalia��o � da ministra do Desenvolvimento Social e Combate � Fome, Tereza Campello, que participou neste s�bado de entrevista coletiva determinada pela presidente Dilma Rousseff para prestar esclarecimentos sobre os problemas com a pesquisa. Um pouco mais cedo, na mesma entrevista, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, admitiu que a presidente Dilma Rousseff ficou "perplexa" com os erros.

"� um aprendizado grande para o Pa�s tudo isso que aconteceu, porque mostra que a avalia��o de pol�ticas p�blicas deve se focar em tend�ncias. Todo mundo que se apegou a microvaria��es de 0,01 ponto para cima ou para baixo em um indicador, como o �ndice de Gini, errou tamb�m", disse Tereza. "O governo ficou chocado com este erro grav�ssimo do IBGE. A presidente Dilma ficou perplexa. O erro foi muito grave mesmo", admitiu mais cedo Miriam Belchior.

A refer�ncia da ministra do Desenvolvimento Social envolvia a informa��o mais popular da Pnad: o �ndice de Gini a partir da renda do trabalho, que mede a concentra��o de renda. Quanto mais pr�ximo de zero (0,0), menor � a desigualdade no Pa�s. Na vers�o da Pnad 2013 divulgada na quinta-feira, que continha falhas, esse �ndice apresentou uma leve eleva��o da desigualdade no Brasil entre 2012 e 2013, passando de 0,496 para 0,498. Mas os dados estavam errados. No dia seguinte, sexta-feira, os dados corrigidos indicaram pequena queda na desigualdade, de 0,496, em 2012; para 0,495, em 2013.

"A tend�ncia � de melhora da renda de todos os brasileiros. O Brasil continua melhorando apesar da crise internacional", defendeu a ministra do Desenvolvimento Social. Participaram da entrevista coletiva sobre os erros da Pnad, al�m de Tereza Campello e Miriam Belchior, os ministros da Educa��o, Henrique Paim; da Secretaria de Assuntos Estrat�gicos (SAE), Marcelo N�ri; e da Secretaria de Comunica��o Social da Presid�ncia da Rep�blica, Thomas Traumann.