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Estado de Minas

Porta-vozes de Marina entram em contradi��o


postado em 21/09/2014 08:19 / atualizado em 21/09/2014 10:00

A democracia de alta intensidade prometida pela candidata do PSB � Presid�ncia, Marina Silva, parece j� estar em curso no debate de seu programa econ�mico - e produzindo curtos-circuitos. Com pelo menos seis porta-vozes para a �rea, al�m dela pr�pria e do falecido cabe�a de chapa Eduardo Campos, o time se mostra desentrosado. Em entrevistas ao Estado, dois dos principais auxiliares da candidata, o coordenador de programa de governo, Bazileu Margarido, uma das pessoas de maior confian�a de Marina Silva, e o conselheiro econ�mico Eduardo Giannetti da Fonseca entraram em choque ao falar sobre o papel da Petrobr�s na explora��o do pr�-sal - se a empresa estatal deve continuar como operadora �nica dos po�os.

"(O papel) ser� mantido", afirmou Margarido. "A Petrobr�s det�m tecnologia de ponta para a explora��o do pr�-sal", disse o assessor que foi escalado para p�r ordem na casa. Ele acrescentou que a estatal � "competente e competitiva" para a tarefa.

J� Giannetti se mostrou em d�vida. "O que ocorreu agora na Petrobr�s, na medida em que ela foi aparelhada pelo PT para isso tudo que n�s descobrimos, estarrecidos, causa muita incerteza em rela��o � capacidade de a Petrobr�s, se n�o mudar de rumo, poder fazer com compet�ncia o papel estrat�gico que lhe cabe dentro do modelo do pr�-sal", disse o economista. "A Petrobr�s precisa ser recolocada na sua seriedade, na sua compet�ncia, com quadros t�cnicos qualificados para poder cumprir o papel importante que ela tem nesse caminho."

O questionamento sobre como deve ser a atua��o da estatal partiu do coordenador da campanha de Marina, Walter Feldman. Ele comentou que o peso excessivo n�o faria bem � Petrobr�s. Com isso, sinalizou para uma poss�vel mudan�a no marco regulat�rio do pr�-sal, o que poderia significar um atraso na explora��o das reservas. Se essa proposta vingar, Marina acabar� dando raz�o aos que a acusam de tirar prioridade do pr�-sal, pois o debate sobre o tema costuma ser longo e acalorado.

"Marina nunca se colocou contr�ria ao pr�-sal", disse Giannetti. "O que ela disse � que dar� �nfase �s fontes de energias renov�veis, o que n�o significa que ela n�o vai desenvolver e explorar algo que � muito importante para o Brasil, que � a riqueza do pr�-sal."

Recuos

Esse n�o foi o �nico imbr�glio econ�mico em que Marina se envolveu por causa de seu entorno. Ela dedicou a semana passada � tarefa de reafirmar seu compromisso com os direitos dos trabalhadores. A impress�o contr�ria nasceu do pr�prio programa da candidata, que fala em "modernizar as rela��es entre empresas e empregados". Ela mesma permitiu a abertura de um imenso flanco para ser atacada, ao pregar uma "atualiza��o" da Consolida��o das Leis do Trabalho (CLT) sem dizer, exatamente, o que isso significa.

Outro recuo foi registrado no domingo passado. Ap�s fazer um com�cio em Ceil�ndia, maior cidade-sat�lite do Distrito Federal, Marina defendeu que a meta de infla��o deveria ficar em 4,5% ao ano. Com isso, desautorizou o principal conselheiro econ�mico de Eduardo Campos, Alexandre Rands, que havia sugerido elevar a meta.

Ao Estado, Rands disse que tem dado opini�es pessoais sobre a economia, e que elas podem diferir do programa. Por�m, o que ele prop�s faz sentido num cen�rio de Banco Central independente. Em um quadro de infla��o alta, uma meta maior significa menor necessidade de subir os juros.

A promessa de dar independ�ncia em lei ao BC foi a f�rmula encontrada por Campos para se diferenciar do candidato tucano A�cio Neves (PSDB) na cr�tica � pol�tica econ�mica de Dilma. Isso tornou-se uma marca da curta campanha do ex-governador de Pernambuco, morto em agosto.

Por isso, Marina se viu compelida a manter o compromisso, apesar de seu principal conselheiro econ�mico, Eduardo Giannetti da Fonseca, ter uma vis�o um pouco diferente. Em entrevista concedida ao Estado em fevereiro, ele disse que o BC deveria recuperar sua autonomia, mas como in�cio de um processo at� se chegar � independ�ncia formal. "N�o estamos institucionalmente maduros ainda para dar esse passo", declarou.

Coube � outra conselheira de Marina, a educadora Maria Alice Setubal, conhecida por Neca, herdeira do Banco Ita�, deixar claro que a promessa de Campos seria mantida. Agora, essa parece ser uma das poucas certezas apresentados pelo entorno marineiro. "A proposta do Banco Central independente continua valendo", afirmou o coordenador do programa de governo, Bazileu Margarido. "� a forma de evitar que ocorram interfer�ncias pol�ticas na pol�tica financeira."

At� o esp�lio de ideias de Campos gera trombadas no front econ�mico. Marina disse desconhecer a promessa dele - feita em Limeira, no interior paulista, 23 dias antes do acidente a�reo que o vitimou - de divulgar uma proposta detalhada de reforma tribut�ria ainda antes do 1.º turno eleitoral, para poder debat�-la e enviar ao Congresso, caso fosse eleito, t�o logo assumisse a Presid�ncia da Rep�blica. Ela disse que a o compromisso era envi�-la no primeiro m�s de governo.

A mir�ade de porta-vozes econ�micos de Marina ganhou um acr�scimo nessa semana: Jos� Ant�nio Sant'Ana. Em debate no Conselho Regional de Economia, em Bras�lia, ele disse que a candidata pensa em adotar o Imposto sobre Grandes Fortunas. Dizer ele disse...


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