Na reta final do 1.º turno das elei��es, a presidente e candidata � reelei��o Dilma Rousseff (PT) embarca nesta segunda para Nova York, onde pretende usar a 69.ª Assembleia Geral da ONU como palanque em n�vel internacional.
Orientada por seu comit� de campanha, Dilma aproveitar� a passagem pelos Estados Unidos para fazer um balan�o do seu governo e levantar bandeiras sociais e ambientais, reafirmando o compromisso do Brasil com a inclus�o social e o combate � fome, o investimento em fontes limpas de energia e a defesa da floresta amaz�nica.
Na abertura da assembleia geral, na quarta-feira, Dilma dever� fazer um discurso centrado no avan�o das pol�ticas sociais durante a sua gest�o e destacar� que, apesar da crise econ�mica mundial, o Brasil gerou emprego, manteve a renda de seus trabalhadores e n�o cortou direitos - na contram�o das pol�ticas austeras adotadas pelos pa�ses desenvolvidos.
P�blico interno. O recente relat�rio da Organiza��o das Na��es Unidas para Agricultura e Alimenta��o (FAO, na sigla em ingl�s), que apontou que o Brasil saiu do Mapa da Fome, tamb�m dever� ser destacado na fala da presidente. De acordo com a FAO, o Brasil conseguiu reduzir em 75%, entre 2001 e 2012, a pobreza extrema - situa��o em que se vive com menos de US$ 1 ao dia.
A ideia dos auxiliares de Dilma � usar a tribuna da ONU para refor�ar a imagem de uma chefe de Estado atenta e preocupada com as quest�es globais, mas que tamb�m tem muito o que mostrar sobre o que fez “dentro de casa”. Um discurso perante a comunidade internacional, mas com tom de balan�o de mandato focado no p�blico interno - mais especificamente nos eleitores que v�o �s urnas no in�cio de outubro. Em 2013, o incisivo discurso da presidente contra a espionagem do governo norte-americano ganhou ampla repercuss�o dentro e fora do Brasil. Na ocasi�o, Dilma manifestou “indigna��o” e “rep�dio” ao epis�dio, “um caso grave de viola��o dos direitos humanos e das liberdades civis”.
No �ltimo dia 8, logo depois de participar da s�rie Estad�o Entrevistas, Dilma foi questionada pela reportagem se pretendia retomar o assunto da espionagem no discurso deste ano. “N�o � hoje t�o relevante. O que vai ser mais relevante s�o outros aspectos”, disse.
Questionada sobre a participa��o na C�pula do Clima, outro evento que ocorrer� em Nova York, respondeu: “Isso vai ser relevante. Eu vou”. Apesar da disposi��o de comparecer � reuni�o, ontem a presidente disse que poder� n�o chegar a tempo, porque vai aos Estados Unidos para “um bate e volta”. Como fez nos �ltimos anos, a presidente defender� na ONU a reforma do Conselho de Seguran�a, a cria��o de um Estado Palestino e a manuten��o de um permanente canal de negocia��o para a resolu��o de conflitos no Oriente M�dio.
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