Bras�lia - O an�ncio feito pelo presidente do PSB, Roberto Amaral, de realizar a escolha dos novos dirigentes antes do primeiro turno das elei��es gerais, causou rea��es contr�rias de setores da legenda e pode levar a um racha na reta final da campanha presidencial, encabe�ada pela candidata Marina Silva.
"Agora est� todo mundo agarrado na elei��o, como a gente vai fazer uma escolha da uma nova Executiva n�o aguardando a abertura das urnas para poder saber qual � cara do partido? Para saber como o partido ficar� com a sua representa��o no Congresso e nos Estados?", questionou ao
Broadcast Pol�tico
, servi�o da Ag�ncia Estado de not�cias em tempo real, o vice-presidente nacional do PSB e ex-ministro da Integra��o, Fernando Bezerra Coelho. Ele afirmou ter sido comunicado da data para a escolha da nova Executiva ontem.
"N�o participamos da constru��o dessa data. Ela foi definida com doutor Roberto, que deve ter ouvido outros companheiros, mas n�o me ouviu, sou vice-presidente e n�o sabia", ressaltou o dirigente. "Tudo recomenda que a escolha dos dirigentes partid�rios seja feita ap�s a manifesta��o das urnas. Esse � o meu pensamento, mas vou me reunir com os companheiros aqui de Pernambuco para firmar uma posi��o", acrescentou.
Segundo ele, n�o est� descartada a possibilidade de o grupo lan�ar um nome para disputar o comando da legenda no pr�ximo dia 29. Entre os nomes lembrados est� o do prefeito de Recife, Geraldo J�lio. De acordo com o edital de convoca��o, a inscri��o das chapas dever� ocorrer junto � primeira secretaria nacional do PSB at� 48h antes do in�cio da reuni�o do dia 29.
Integrante da Executiva Nacional do PSB e presidente da legenda em S�o Paulo, M�rcio Fran�a afirmou que � contra o adiamento e que a data para a escolha da nova Executiva foi acertada antes das elei��es. "Esse cronograma foi deixado pelo Eduardo antes de ele falecer e o Roberto Amaral est� seguindo o roteiro". Sobre um poss�vel racha, afirmou: "Se houver vota��o, tem 125 pessoas aptas a votar e cada um vai se posicionar. Mas vamos brigar at� o final para ter unidade. N�o pode ser uma coisa feita por decreto de ningu�m".
O dirigente ressaltou ainda que o diret�rio, que contaria com o maior n�mero de votos internos, apoia a perman�ncia de Amaral no comando de legenda. "Criou-se uma expectativa e � normal que cada um ache que possa ser o melhor. Mas S�o Paulo tem 32% dos delegados, se fosse para reivindicar algo, S�o Paulo deveria estar � frente de todo mundo. Mas eu acho que, quando voc� est� brigando por uma unidade, cada um tem que abrir um pouco m�o de suas pretens�es".