Lewandowski fica apenas uma hora no Pal�cio do Planalto

Em seu primeiro dia como presidente da Rep�blica em exerc�cio, Ricardo Lewandowski, esteve no Planalto apenas por cerca de uma hora. Ele fez quest�o de ir ao gabinete presidencial para assinar atos do Poder Executivo, como a promulga��o de acordos aprovados pelo Congresso, que permitem a emiss�o de visto de trabalho rec�proco para dependentes de diplomatas de sete pa�ses, al�m da aposentadoria de ministros do Superior Tribunal de Justi�a (STJ) e Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Lewandowski foi recebido no Planalto pelo chefe de gabinete da presidente Dilma Rousseff, Beto Vasconcelos, e conversou com os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e da Advocacia Geral da Uni�o, Luiz In�cio Adams. Tirou fotos no gabinete presidencial, mas n�o teria recebido nenhuma visita especial, nem mesmo de familiares, que est�o fora de Bras�lia.

De acordo com assessores do presidente interino, embora feliz com a possibilidade de assumir o cargo de presidente da Rep�blica, Lewandowski est� fazendo quest�o de separar bem as fun��es de chefe do Executivo e do Judici�rio. Por isso mesmo, a ideia dele � de n�o presidir a sess�o do Supremo nesta quarta-feira, 24, para evitar conflito de interesses. E ainda para manter esta separa��o das fun��es, Lewandowski fez quest�o de retornar ao Supremo para cumprir a agenda que tinha prevista para ele, como chefe do Judici�rio, em seu gabinete.

Por volta das 17 horas, Lewandowski recebe, no STF, o embaixador do Kuwait no Brasil, Ayadah Alsaidi, e �s 18h30, conceder� audi�ncia ao senador Vital do Rego (PMDB-PB), ao lado do ministro Teori Zavascki e do procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot. Vital quer que a CPI Mista da Petrobras, que ele preside, tenha acesso ao processo de dela��o premiada do ex-diretor de Abastecimento da empresa, Paulo Roberto Costa, para conhecer o conte�do das den�ncias de desvios de recursos na estatal.

Esta � a primeira vez que Lewandowski assume a Presid�ncia da Rep�blica. A manobra foi necess�ria para evitar que todos os demais ocupantes de postos da linha sucess�ria enfrentassem questionamentos jur�dicos em suas elei��es. Para evitar problemas, uma viagem de �ltima hora para o Uruguai foi arranjada para o vice-presidente Michel Temer, que concorre � reelei��o na chapa de Dilma. O presidente da C�mara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), n�o quis assumir porque est� em campanha pelo governo do Rio Grande do Norte. O presidente do Senado, Renan Calheiros, n�o est� em campanha, mas seu filho Renan Filho � candidato ao governo de Alagoas e a legisla��o impede que parentes de chefe de Poder Executivo concorram a cargos eletivos. Lewandowski � o pr�ximo na linha sucess�ria.

Lewandowski fica como presidente da Rep�blica at� amanh� � noite, quando a presidente Dilma retorna ao Brasil de sua viagem para Nova York.