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Estado de Minas

Contas do governo Dilma viram alvo de cr�ticas dos advers�rios na campanha eleitoral

A�cio aponta falha pol�tica, Marina v� risco e petista defende uso de fundo para fechar caixa


postado em 24/09/2014 08:16 / atualizado em 24/09/2014 08:30

(foto: Pilar Olivares/Reuters - Giseli Pimenta/Frame/Estadão Conteúdo - Timothy Clary/AFP)
(foto: Pilar Olivares/Reuters - Giseli Pimenta/Frame/Estad�o Conte�do - Timothy Clary/AFP)

O uso do Fundo Soberano pelo governo federal para fechar as contas de 2014 virou nesse tarr�a-feira o principal embate da campanha eleitoral. Os dois principais advers�rios da presidente Dilma Rousseff (PT) na corrida pelo Pal�cio do Planalto, A�cio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB), criticaram a decis�o do governo. Para o tucano, a medida foi tomada porque a pol�tica econ�mica adotada no pa�s � falha. J� para Marina, o uso dos recursos compromete a estabilidade das finan�as da na��o. Em Nova York, Dilma respondeu aos ataques dizendo que � “estarrecedor” que se questione o uso do fundo.

Segundo A�cio Neves, os artif�cios do governo para cumprir o super�vit prim�rio s�o resultado de uma pol�tica que afastou a iniciativa privada. “N�s vemos agora o governo reduzir a previs�o de crescimento e sacar dinheiro do Fundo Soberano do Brasil. Diferentemente do que o governo quer fazer crer, o baixo crescimento do Brasil n�o � resultado apenas da crise internacional. O governo demonizou o setor privado, afastou o investimento e o resultado � esse crescimento p�fio”, criticou A�cio, ao desembarcar na esta��o das barcas em Niter�i, na Regi�o Metropolitana do Rio de Janeiro, onde fez campanha.

Na avalia��o de Marina, ao usar recursos do fundo para fechar as contas p�blicas, Dilma compromete a estabilidade do pa�s. Para ela, o governo age de forma err�tica e n�o reconhece os erros que comete. “Se o boletim m�dico � otimista, as interven��es s�o altamente preocupantes”, disse ela. Marina afirmou que o governo errou a ponto de ter que lan�ar m�o de “um fundo criado para ser usado em situa��o de extrema gravidade”. “Governar � colocar os interesses da na��o em primeiro lugar. N�o sacrific�-los em fun��o de pol�ticas err�ticas, para ganhar a elei��o”, afirmou.

A presidente Dilma, que ontem participou de encontro sobre o clima promovido pela Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) em Nova York, rebateu os ataques dos seus advers�rios. “Para que se faz um fundo soberano? � uma coisa muita simples: nas vacas gordas, voc� tem dinheiro. Nas magras, voc� tem menos dinheiro”, afirmou. “O fundo tem uma caracter�stica contrac�clica. Se o ciclo est� ruim, ele aumenta o gasto para conter o ciclo. Se est� bom, ele segura o gasto e faz uma poupan�a”, afirmou.

A decis�o do governo federal de sacar R$ 3,5 bilh�es do fundo para cobrir despesas da Uni�o em 2014 consta do Relat�rio de Avalia��o de Receitas e Despesas, documento divulgado a cada dois meses pelo Minist�rio do Planejamento, que orienta a execu��o do Or�amento Geral. No relat�rio, a equipe econ�mica ainda reduziu a previs�o de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no pa�s) de 1,8% para 0,9%. No fim de 2012, o Tesouro Nacional j� havia sacado R$ 12 bilh�es para alcan�ar a meta de super�vit prim�rio daquele ano.

Vinculado ao Minist�rio da Fazenda, o Fundo Soberano tem como finalidades expressas na Lei 11.887 a promo��o de investimentos em ativos no Brasil e no exterior, a forma��o de poupan�a p�blica, a mitiga��o dos efeitos dos ciclos econ�micos e o fomento de projetos de interesse estrat�gico do pa�s no exterior.

Aposentados O candidato tucano, A�cio Neves, voltou a falar sobre fator previdenci�rio. Segundo ele, um novo �ndice ser� estudado. “N�o vamos acabar com o fator previdenci�rio, vamos substitu�-lo por um fator que n�o seja t�o penoso para o aposentado”, afirmou A�cio.

Ibope mostra cen�rio est�vel


Pesquisa do Ibope divulgada ontem aponta a presidente Dilma Rousseff (PT) com 38% das inten��es de voto, seguida pela ex-ministra Marina Silva (PSB), que aparece com 29%. O candidato do PSDB, senador A�cio Neves, foi escolhido por 19% dos entrevistados. Os eleitores que afirmaram votar em branco s�o 7%, e outros 5% est�o indecisos ou n�o souberam opinar. Em rela��o � pesquisa anterior, a petista subiu dois pontos percentuais, de 36% para 38%, enquanto Marina caiu um, de 30% para 29%, ambas oscilando dentro da margem de erro. A�cio manteve a mesma pontua��o.

O instituto simulou tr�s cen�rios de segundo turno. No primeiro, Dilma e Marina est�o empatadas, com 41% da prefer�ncia dos entrevistados. Na disputa com A�cio Neves, a petista aparece com 46%, contra 35% que apoiam o tucano. No caso de um embate entre Marina e A�cio, a socialista tem 44%, e ele, 31%. O Ibope ouviu 3.010 eleitores em 206 munic�pios, entre os dias 20 e 22. O n�vel de confian�a � de 95%. A margem de erro � de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

Em outro levantamento, da Confedera��o Nacional do Transporte (CNT), Dilma tem 36% das inten��es de voto no primeiro turno, Marina, 27,4% e A�cio, 17,6%. Nas simula��es de segundo turno entre Dilma e Marina, a petista tem 42% e a socialista, 41%. Na disputa entre Dilma e A�cio, a presidente teria 45,5%, e o tucano, 36,5%. A pesquisa foi feita nos dias 20 e 21. A margem de erro � de 2,2 pontos percentuais. Foram ouvidos 2.002 eleitores.


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