Vice de Marina aceita rever fator previdenci�rio

O candidato a vice na chapa de Marina Silva (PSB), Beto Albuquerque, disse nesta quarta-feira, 24, o PSB � um partido de tradi��o esquerdista e que n�o tem "nenhuma raz�o para conspirar contra os direitos sociais". Beto participa, ao lado de Marina, de um evento com sindicalistas, em S�o Paulo.

Lideran�as sindicais apresentam, neste momento, uma carta � candidata e ao vice, ressaltando o pedido de maior di�logo dos movimentos sindicais com a Presid�ncia da Rep�blica e reafirmando a pauta sindical. Entre os pedidos est�o pautas cl�ssicas do setor, como valoriza��o do sal�rio m�nimo e aposentadorias e redu��o da jornada de trabalho. Temas que geraram pol�mica por causa do programa de governo de Marina tamb�m foram colocados na carta. No documento, as lideran�as pedem expressamente o fim do fator previdenci�rio e o fim da terceiriza��o para atividades fim das empresas.

Sobre a segunda quest�o, Beto afirmou que a campanha nunca discutiu regularizar a terceiriza��o para atividades fim e disse que isso n�o ser� feito "em nenhuma hip�tese", em eventual governo dos dois.

No programa, que critica o fato de o Brasil ter um "vi�s contra a terceiriza��o", o sistema � citado como uma forma de contrata��o que gera ganhos de produtividade � economia. O documento da candidatura tamb�m fala de uma atualiza��o das rela��es trabalhistas. Os trechos causaram discord�ncia interna com sindicalistas filiados ao PSB. "Quando a gente bota no programa de governo que vai atualizar � para que nenhuma brecha fique aberta para que o direito trabalhador fique prejudicado", afirmou Beto.

Com rela��o ao fator previdenci�rio, o vice de Marina repetiu que a candidatura do PSB n�o se comprometeu com o fim do fator previdenci�rio, mas em rever o mecanismo - instalado no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e que imp�e perdas a quem se aposenta antes do tempo. "Do jeito que est�, n�o ser� mantido, isso pode ter certeza." Beto tamb�m criticou o PT por ter se posicionado contra o fator quando era oposi��o e depois mantido o mecanismo enquanto governo.

A candidata Marina Silva, neste momento, ouve uma s�rie de manifesta��es de diferentes lideran�as sindicais. Apesar do tom de cobran�a das lideran�as, o p�blico � majoritariamente favor�vel � sua campanha.

Com bandeiras das associa��es, lideran�as cantaram o jingle de campanha composto por Gilberto Gil para Marina e gritaram "Marina, guerreira da p�tria brasileira". As lideran�as apresentaram uma vis�o bastante cr�ticas ao governo Dilma, que consideram um retrocesso em rela��o ao governo Lula, em especial pela perda de di�logo com representantes dos movimentos sindicais.