Marineiros tentam decolar apoio suprapartid�rio em S�o Paulo

Depois da tentativa de fazer decolar um movimento suprapartid�rio nacional de apoio a Marina Silva (PSB) ainda antes do primeiro turno, lideran�as de S�o Paulo se organizam para fazer a iniciativa acontecer ao menos no Estado. Na quarta-feira, 24, � noite, cerca de 30 pessoas, entre quadros pol�ticos estaduais, assessores e militantes de diferentes partidos, participaram de uma reuni�o inicial do movimento no escrit�rio do aliado de Marina e um dos fundadores da Rede Sustentabilidade, o vereador Ricardo Young (PPS).

Al�m de pessoas da pr�pria coliga��o de Marina, havia quadros do PV e representantes ligados ao PSDB, PSD e PCdoB, essas duas �ltimas legendas da base de apoio � reelei��o de Dilma Rousseff (PT). As pessoas do PV adotaram uma postura mais aberta, enquanto das outras legendas ainda agiam com alguma cautela e pediram para n�o serem identificados na mat�ria. Passaram para dar suporte � iniciativa o secret�rio geral do PPS, Davi Zaia, e o candidato a governador La�rcio Benko, do PHS. Walter Feldman, coordenador geral da campanha, n�o compareceu por causa do ano novo judaico - ele � judeu - mas enviou uma nota de apoio ao grupo.

Em cerca de duas horas de reuni�o, o grupo decidiu redigir um manifesto de apoio suprapartid�rio a ser aprovado ainda nesta quinta-feira, 25. Ficaram respons�veis pela prepara��o do documento Maur�cio Huertas, secret�rio de comunica��o do PPS-SP, Marcos Papa, vereador em Ribeir�o Preto - era do PV, mas foi expulso ao participar do movimento de funda��o da Rede, o publicit�rio Gueilor Pinheiro e Amauri Camargo M�naco, empres�rio que era do PV e que tamb�m participou da funda��o da Rede.

Os pol�ticos discutiram quais ser�o as melhores estrat�gias nessa reta final antes do primeiro turno e tamb�m para a prov�vel disputa de segundo turno contra Dilma. Ainda para o primeiro turno a ideia � manter "os p�s no ch�o" e aumentar a mobiliza��o. Carlos Fernandes, do PPS, e que atua no comit� de Marina, defendeu que haja mais mobiliza��o de rua, com caminhadas em grandes centros como S�o Paulo ou Rio. Young prometeu levar a ideia para a coordena��o de campanha. J� para o segundo turno, foram discutidos os melhores caminhos para atrair apoio de outras legendas. "Tem muita gente no PSDB que quer apoiar e tem gente dentro do pr�prio PT que � anti-Dilma", disse um dos presentes.

Para j� come�ar a atrair integrantes de outros partidos, o grupo discutiu uma estrat�gia de marketing que foi trazida por Pinheiro. Ele trouxe at� alguns adesivos ainda em fase de testes com o slogan "T� Marinando". O lema aproveitaria a m�sica composta por Gilberto Gil, que usou o verbo "marinar" e seria uma frase mais suave, por exemplo, que "Sou Marina". A ideia � atrair principalmente aliados do PSDB e da base aliada de A�cio.

Um dos principais quadros envolvidos para que o movimento ganhasse proje��o nacional era o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). Apesar de, nos bastidores, dizer que continua mobilizado, Randolfe disse por meio de sua assessoria que aguardar� o primeiro turno da elei��o para se manifestar, em respeito � candidatura de Luciana Genro (PSOL). Cristovam Buarque (PDT-DF) � outro senador que tem declarado apoio a Marina e que seria um refor�o importante. De um partido que comp�e a base da presidente, ele tamb�m tem evitado, pelo menos at� aqui, o envolvimento com a iniciativa mais organizada.

Para Young, � importante haver essa organiza��o inicial ainda que limitada ao Estado de S�o Paulo. "A iniciativa pode ser replicada em outros Estados e depois ganhar a proje��o nacional que planejamos", afirmou ap�s a reuni�o de ontem.