A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta sexta-feira, 26, uma investiga��o "com rigor e rapidez" da a��o da Pol�cia Federal que vasculhou o avi�o e bagagens do candidato do PMDB ao governo do Maranh�o, senador Edison Lob�o Filho. Ela avisou que foram tomadas "todas as provid�ncias" para investigar o ocorrido. Para a presidente, "uma das coisas que temos de ter garantia, durante processos eleitorais, � que �rg�os governamentais n�o sejam usados em proveito de um ou outro candidato", pregando "plena isen��o da pol�cia federal". E emendou: "pol�cia n�o pode perseguir quem n�o gosta ou proteger quem gosta. O comportamento tem de ser isento".
Lembrada de que a den�ncia de exist�ncia de grandes quantias com o candidato peemedebista era an�nima, Dilma declarou que "nem toda den�ncia � t�o an�nima", avisando que o governo vai investigar, inclusive, "quem � o denunciador an�nimo". Para ela, justamente o fato de ser den�ncia an�nima "cria maior necessidade de investigar quem denunciou e a quem interessava a den�ncia". E emendou: "o que n�o � poss�vel � um ato desses, � acontecer isso no meio de uma elei��o. Esse Pa�s n�o � isso mais. Esse Pa�s tem uma democracia estruturada que n�o admite uso de pol�cia, nem de ningu�m, em processos eleitorais. � uma volta atr�s se isso se configurar".
Ao destacar que �rg�os p�blicos n�o podem ser usados em proveito pr�prio, Dilma declarou que a Pol�cia Federal n�o � independente, j� que n�o existem �rg�os federais independentes. "O que a PF tem � autonomia para investigar. Autonomia n�o significa autonomia para cometer coisas incorretas. Autonomia significa autonomia para investigar", disse a presidente ao avisar que nada pode ser feito "ao arrepio da lei".
Ela explicou que n�o estava acusando a PF de ter agido assim, porque a investiga��o est� em curso, mas avisou que tudo tem de ser feito dentro da legalidade porque "sen�o cria ente fora do controle". As primeiras informa��es s�o de que n�o havia mandado judicial para a busca aos bens do candidato-senador. Dilma reconheceu, no entanto, que "qualquer �rg�o integrado por pessoas pode cometer equ�vocos, pode cometer erros", mas evitou acusar a PF de ter cometido erros.