Londres - O jornal brit�nico Financial Times publica reportagem especial nesta segunda-feira sobre as elei��es presidenciais no Brasil. O texto destaca a disputa acirrada entre duas candidatas "com hist�rias de vida admir�veis": Dilma Rousseff e Marina Silva. O FT diz que a recente insatisfa��o popular com o governo do PT mostra que o partido pode ser "v�tima de seu pr�prio sucesso" e ressalta a "preocupa��o leg�tima" com a governabilidade de um eventual governo do PSB.
Sobre Dilma, o FT chama aten��o para a perda de popularidade da presidente da Rep�blica no per�odo anterior � Copa do Mundo, quando protestos populares lotaram as ruas das cidades brasileiras. Al�m disso, o texto chama aten��o para as den�ncias de corrup��o, como a que envolve a estatal Petrobras.
"O PT pode, sem d�vida, se tornar uma v�tima do seu pr�prio sucesso. A nova classe m�dia baixa do Brasil est� desiludida com os servi�os p�blicos. Hospitais de m� qualidade e escolas em estado deplor�vel, assim como a corrup��o end�mica e as preocupa��es sobre a economia podem sinalizar tempos mais dif�ceis � frente e est�o levando muitos a buscar a mudan�a", diz o texto. Sobre Marina, a reportagem chama aten��o para a promessa de um choque na gest�o econ�mica e ado��o de medidas mais favor�veis ao mercado, como controle de infla��o e maior rigor com as contas p�blicas. Apesar de estar mais alinhada com os neg�cios, o FT destaca que Marina tem fragilidades no campo pol�tico.
"Uma preocupa��o leg�tima sobre um governo de Marina Silva, dizem os analistas, � a forma como ela iria governar dado que � prov�vel que o PSB tenha apenas de 30 a 40 lugares da C�mara de 513 assentos", diz o jornal, ao citar que o governo Marina "at� poderia" ter o apoio de 50 a 60 cadeiras do PSDB, "mas ainda faltariam mais de 200 deputados para o controle da Casa". A reportagem d� como certa a realiza��o do segundo turno entre as duas candidatas e diz que o grande desafio de Marina Silva ser� atrair a classe m�dia baixa e os pobres. "Seu desafio nas pr�ximas semanas ser� convencer a classe m�dia baixa e os pobres em trocar a seguran�a relativa do PT pelo desconhecido em busca de um futuro melhor".
Ag�ncia Estado