S�o Paulo - No segundo bloco do debate, a presidente e candidata � reelei��o pelo PT, Dilma Rousseff, antes de responder a pergunta do candidato do PV, Eduardo Jorge, se n�o ficava triste com a morte de jovens que fizeram aborto, defendeu a a��o de seu governo no caso Petrobras, destacando que o ex-diretor da empresa Paulo Roberto da Costa confirmou � CPI que, a pedido da diretoria da estatal, fez uma carta de demiss�o. "No tema corrup��o, eu gostaria de fazer um esclarecimento. Foi dito que eu menti sobre a corrup��o na Petrobras, mas foi o ex-diretor que fez a carta de demiss�o a pedido da diretoria, disse, dizendo que "� m�-f�" negar os fatos.
Dilma questionou o presidenci�vel tucano A�cio Neves sobre a hip�tese de privatizar o Banco do Brasil, Caixa, Petrobras e BNDES, um tema que levou o PSDB a ser derrotado nas urnas pelo PT no pleito que elegeu o ex-presidente petista Luiz In�cio Lula da Silva. Antes de responder, o tucano voltou ao esc�ndalo da Petrobras. "Faltou � senhora dizer quais foram os servi�os prestados por Paulo Roberto Costa � Petrobras." E sobre a privatiza��o dessas empresas, afirmou: "Imagine uma Embraer nas m�os do PT. Fizemos (governo tucano de FHC) as privatiza��es em setores que eram necess�rios. No nosso governo, a Petrobras vai ser devolvida aos brasileiros. Os bancos p�blicos n�o ser�o cabides de emprego." E ouviu a r�plica da petista: "Voc�s entregaram a Caixa e o Banco do Brasil em estado prec�rio (para o governo petista)" e disse achar estranho "a leveza" com que o tucano tratava um tema t�o complexo como a privatiza��o de empresas p�blicas. Na tr�plica, A�cio devolveu o ataque: "A indigna��o do povo � contra o aparelhamento de empresas p�blicas por seu governo, voc�s entregaram nossa maior empresa e eu espero devolv�-la ao povo brasileiro."
Em seguida, Marina Silva (PSB) questionou Dilma Rousseff sobre o papel do Banco Central. "A senhora tem feito uma s�rie de acusa��es sobre a autonomia do Banco Central, que a senhora defendeu na campanha de 2010 contra Jos� Serra (PSDB). Qual Dilma est� falando agora?" Na resposta, Dilma atacou: "A senhora est� deliberadamente confundindo autonomia com independ�ncia. Independentes s� s�o os poderes. Independ�ncia do Banco Central � dar um quarto poder aos bancos, sou a favor da autonomia. Ela tem que ser uma op��o que os governos fazem em rela��o a uma pol�tica de combate � infla��o. Sugiro que a senhora leia o que escreveram no seu programa." E emendou: "Quando se escolhe um presidente, se escolhe tamb�m uma pol�tica econ�mica."
Na r�plica, Marina atacou: "Est� falando a Dilma das elei��es e n�o a Dilma das convic��es. Por n�o ter sido nem vereadora e ter sido presidente da Rep�blica, confunde os poderes". E ouviu de Dilma na tr�plica: "Informo � candidata que a infla��o est� sob controle. Acho importante ela ler o que est� no programa, at� porque eu n�o tenho responsabilidade sobre isso. Quer dizer ent�o, candidata, que quem n�o fez a carreira n�o pode ser presidenta? Essa cr�tica da inexperi�ncia me surpreende em quem defende a nova pol�tica."
O Pastor Everaldo (PSC), o pr�ximo a fazer perguntas, foi interrompido pelo mediador William Bonner ao tentar fazer uma pergunta sobre o PAC, que ele ironizou dizendo que era o 'programa do atraso do crescimento' e foi informado que tinha de perguntar sobre previd�ncia, tema sorteado por Bonner. Na resposta, o candidato A�cio Neves disse que come�ou a discutir essa reforma na Granja do Torto, na gest�o de Lula, quando era governador de Minas Gerais. "O Brasil tem um problema grave de previd�ncia. Eu era governador em Minas Gerais, em 2006, e ali come�amos a discutir um projeto vi�vel, racional, para o sistema de previd�ncia no Brasil. E avan�amos. Infelizmente, o presidente da Rep�blica (o petista Luiz In�cio Lula da Silva) arquivou esta proposta de reforma. Assim como arquivou todas as outras."