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Estado de Minas

Fora da Petrobras, Costa recebeu 228 liga��es da estatal


postado em 03/10/2014 09:31 / atualizado em 03/10/2014 09:33

Bras�lia - Acusado de comandar um esquema de corrup��o na Petrobras, Paulo Roberto Costa manteve frequentes contatos com a estatal mesmo ap�s deixar o cargo de diretor de Abastecimento, em 27 de abril de 2012, conforme indicam dados das quebras de seu sigilo telef�nico.

Mesmo sem v�nculo formal, Costa recebeu ao menos 228 liga��es de telefones da companhia entre maio daquele ano e 20 de mar�o de 2014, quando foi preso pela Pol�cia Federal, durante a Opera��o Lava Jato. De um ramal da companhia em Maca� (RJ), foi feita, no dia da pris�o, uma liga��o de 14 minutos.

Segundo os dados, obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, as liga��es partiram de oito n�meros em nome da Petrobras no Rio de Janeiro, sede da estatal, em Salvador e em Maca�, para dois n�meros de Costa no Rio e na cidade do interior fluminense.

O ex-diretor cumpre pris�o domiciliar no Rio desde quarta-feira, como parte de um acordo de dela��o premiada. Em troca de redu��o de pena, ele deu detalhes do esquema de corrup��o na Petrobras e aceitou devolver recursos recebidos de forma il�cita no exterior. � PF e ao Minist�rio P�blico Federal (MPF), Costa admitiu ter recebido propina na compra, pela estatal, da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), e afirmou que fornecedores da petrol�fera pagavam "comiss�o" para conseguir contratos arranjados.

A maioria dos telefonemas listados nas quebras de sigilo foi feita da Petrobras em Maca�, onde a companhia mant�m plataformas de extra��o de petr�leo. O Estado telefonou para todos os n�meros da estatal indicados nos documentos, mas na maioria dos casos as liga��es n�o se completaram.

As identificadas foram feitas de telefones gerais, como Central de Atendimento da estatal, e do setor de Explora��o e Produ��o da Petrobras no Rio.

Os relat�rios listam ainda 16 telefonemas da Petros, fundo de pens�o dos funcion�rios da Petrobras, feitos para o genro de Costa, M�rcio Lewkowicz. O n�mero de origem � geral, da portaria da sede da Petros.

A reportagem enviou os n�meros relacionados nos documentos para a Petrobras, que n�o respondeu, at� esta edi��o ser conclu�da, aos questionamentos sobre quais s�o os usu�rios dos ramais e a quais departamentos eles pertencem.

Sob elogios


Costa renunciou � Diretoria de Abastecimento da Petrobras em 27 de abril de 2012, sob elogios do Conselho de Administra��o, que destacou seus "relevantes servi�os prestados � companhia". Em seguida, abriu empresas que, segundo a Pol�cia Federal, eram usadas para desvio de recursos da petrol�fera.

Em dela��o premiada, ap�s ser preso pela PF, Costa contou que um cons�rcio de empresas obteve contratos na Petrobras mediante o pagamento de 3% sobre os neg�cios. Parte deste dinheiro era repassada a pol�ticos, segundo os depoimentos. Os recursos eram lavados pelo doleiro Alberto Youssef, acusado de operar um esquema que teria movimentado R$ 10 bilh�es.

Como o jornal O Estado de S. Paulo noticiou em 16 de setembro, o doleiro tamb�m recebeu liga��es da Petrobras. Elas partiram de um celular corporativo da empresa, que se nega, desde ent�o, a identificar o hist�rico de usu�rios da linha. 


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