Integrantes de grupos de defesa � popula��o LGBT (l�sbicas, gays, bisessexuais e transg�neros) fizeram neste s�bado um ato pac�fico em frente ao pr�dio onde reside o candidato � Presid�ncia da Rep�blica, Levi Fidelix (PRTB), que durante debate em uma emissora de televis�o fez declara��es consideradas homof�bicas.
Segundo Luiz, o tipo de discurso usado por Fidelix ainda n�o est� equiparado com o discurso contra negros, judeus, religiosos, e como ainda n�o h� uma forma legal para prender algu�m que utiliza esse tipo de fala, torna-se necess�rio passar a mensagem do grupo. “Pelo menos at� que o Congresso Nacional criminalize a homofobia, nos mesmos termos do racismo. Ele foi muito agressivo, fazendo um discurso muito parecido com o discurso nazista. Ele falou claramente que n�s t�nhamos que nos tratar longe da sociedade”, acrescentou.
A vice-presidente da Comiss�o da Diversidade Sexual e Combate � Homofobia da Ordem dos Advogados do Brasil em S�o Paulo (OAB/SP), Raquel Macedo Rocha, disse que a sociedade LGBT n�o compactuar� mais com manifesta��es intolerantes que incitem a viol�ncia no pa�s. “Esse tempo j� foi, e � isso que o movimento quer mostrar. � um movimento pac�fico para dizer 'n�s existimos e n�o queremos nada mais do que o senhor [Levy Fidelix] acha que queremos'. Queremos liberdade e igualdade, somos cidad�os que pagam impostos e temos direitos e deveres”.
Maria J�lia Giorgi faz parte do grupo M�es pela Igualdade, e contou que participou do ato porque tem um filho homossexual que foi agredido um dia depois do debate no qual Fidelix falou contra os gays. “Meu filho e o namorado foram passar f�rias em Natal e sofreram ataque homof�bico l�. Eles foram abordados por dois homens na praia e foram amea�ados de morte, estupro, assaltados e perseguidos. Sorte que a popula��o ajudou e eles conseguiram entrar em um restaurante que forneceu um ve�culo para lev�-los ao hotel”, disse ela.
Segundo ela, n�o foi a primeira vez que seu filho sofreu um ataque desse tipo. Em outras duas situa��es ele sentiu medo devido � intoler�ncia contra homossexuais. “N�s temos que proteger nossos filhos. Somos fam�lias bem constitu�das e amorosas, apesar do que ele fala. Nossos filhos n�o est�o sozinhos. Todos eles j� t�m alguma experi�ncia por conta de agress�o homof�bica. O discurso feito na televis�o � um incentivo ao �dio, e um �dio que n�o sabemos de onde sai, porque esse estigma que ele [Fidelix] coloca, da promiscuidade, n�o existe. Gays s�o seres humanos”, arrematou Maria J�lia.
O candidato Levy Fidelix n�o foi encontrado para comentar sobre a manifesta��o.
Com Ag�ncia Brasil