Mercadante diz que Dilma n�o far� gesto ao mercado

S�o Paulo - O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou neste domingo que a presidente e candidata � reelei��o Dilma Rousseff n�o far� sinaliza��es espec�ficas para o mercado financeiro no segundo turno nem vai nomear ministros antes de ser reeleita. "Eu acho que o gesto que n�s temos que fazer � mostrar os resultados do que n�s fizemos e mostrar que se n�s n�o tiv�ssemos feitos o que fizemos, seguramente n�o estar�amos com a taxa de desemprego que estamos, nem mantido a renda e o emprego", afirmou.

Mercadante disse ainda que a presidente j� afirmou que deve fazer mudan�as na sua equipe de ministros, mas que � preciso ter cautela. "Ela j� disse governo novo, nova equipe, novas ideias", disse. "Esse neg�cio de sentar na cadeira antes e sair nomeando ministro n�o d� certo." O governo sabe, segundo Mercadante, que far� ajustes em um segundo mandato. "Aquilo que tem que melhorar vai ser melhorado, que tem que ser corrigido vai ser corrigido e o que tem que ser mantido tamb�m", disse, evitando dar detalhes.

O ministro afirmou ainda que o governo vai continuar defendendo o papel dos bancos p�blicos no cr�dito direcionado e disse que � preciso ter um banco p�blico estrat�gico. "N�o vamos ceder na nossa vis�o sobre o papel do financiamento p�blico. A autonomia operacional do banco central sempre defendemos e praticamos, agora n�o cederemos na ideia de independ�ncia do BC", afirmou, destacando que a crise internacional come�ou justamente por conta do mercado financeiro. "Essa crise internacional mostrou justamente o contr�rio, o mundo inteiro est� discutindo que um governo democr�tico precisa ter gest�o e regula��o sobre o mercado financeiro", disse.

Expectativa

Mercadante avaliou ainda a expectativa para o resultado das elei��es deste domingo. Ele afirmou que o cen�rio mais prov�vel � de realiza��o de segundo turno e que o PT n�o escolhe advers�rios. "Os dois t�m possibilidades do segundo turno", afirmou, em refer�ncia a A�cio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB).

Questionado se A�cio seria um candidato mais f�cil de ser combatido pelo PT, Mercadante ressaltou que nas ultimas tr�s elei��es o PT derrotou o PSDB. "Temos muito mais argumentos, eles quebraram o Pa�s tr�s vezes", disse, em refer�ncia a empr�stimos no Fundo Monet�rio Internacional (FMI). Ele aproveitou para criticar a gest�o de Arminio Fraga no Banco Central, apontado por A�cio como seu eventual ministro da Fazenda. Mercadante disse que na �poca dos tucanos Fraga "n�o cumpriu o teto da meta da infla��o por dois anos", disse.