Derrotada nas elei��es presidenciais, Marina Silva (PSB) sinalizou na noite de ontem apoio ao candidato do PSDB, A�cio Neves, no segundo turno do pleito, apesar de n�o ter dado respostas diretas sobre o tema. Ap�s o fechamento das urnas, em S�o Paulo, a ex-senadora indicou tamb�m que a condi��o para fechar uma alian�a com o tucano passaria pela incorpora��o, por parte do candidato tucano, de pontos do programa de governo do PSB. “Eu assumi a postura de n�o me recolher numa anticandidatura, o que pode ser uma tend�ncia. Assumi o compromisso da mudan�a indo apoiar Eduardo Campos”, disse, durante coletiva de imprensa, ao ser questionada sobre a possibilidade de permanecer neutra na disputa, como fez em 2010. Marina obteve 22.176.613 votos.
Questionada sobre um poss�vel apoio a Dilma, Marina tamb�m n�o respondeu diretamente, mas sinalizou novamente o alinhamento com a candidatura do PSDB, de oposi��o. “Nosso programa � coerente com outro caminho, com outra maneira de caminhar. Temos que ser coerentes com o movimento que representamos, de mudan�a qualificada. A sociedade brasileira est� dizendo que n�o quer o que est� a�, da forma que est� a�”, afirmou, sem esconder ter ficado magoada com as cr�ticas que recebeu da presidente Dilma durante a campanha.
Marina Silva repetiu a mensagem que havia sido colocada no Twitter pouco antes pelo presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, de que os partidos coligados v�o se reunir e tentar�o tirar uma posi��o conjunta. A coliga��o � formada por PSB, PPL, PPS, PRB, PHS e PSL, al�m da Rede Sustentabilidade de Marina, que, apesar de n�o ser legalmente um partido, � tratada como estrutura independente dentro da coliga��o. “Decidimos que queremos tomar uma posi��o conjunta, mantendo aquilo que nos uniu, que � o programa. Todos os partidos far�o reuni�es e estaremos dialogando entre n�s”, disse Marina.
Na entrevista coletiva depois do fechamento das urnas, em que mostrou-se aliviada depois da desgastante campanha, Marina disse continuar “de p�”. “Neste momento, n�o estou aqui como derrotada, mas como algu�m que sabe que continua de p� porque n�o teve que abrir m�o dos princ�pios para ganhar uma elei��o”, disse. Depois de ter sido apontada em empate t�cnico com a advers�ria do PT em pesquisas, Marina acabou na terceira coloca��o na corrida, com 21,32% dos votos v�lidos.
Marina abriu seu pronunciamento agradecendo ao seu vice, Beto Albuquerque, aos militantes do PSB e da Rede Sustentabilidade e a sua fam�lia. A ex-senadora lembrou tamb�m do acidente a�reo de 13 de agosto, no qual morreu o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, que, at� ent�o, encabe�ava a chapa do PSB � Presid�ncia. Emocionada, ela disse que, ao longo da campanha, fez “de tudo para honrar o legado pol�tico de Campos. Ela destacou que, mesmo tendo se tornado alvo de ataques, se esfor�ou para n�o entrar em um clima de “embate”. “Chegamos at� aqui em circunst�ncias dif�ceis, de conhecimento p�blico. Diante disso, mobilizarmos nossa campanha em torno de um programa”, relatou.
Pela manh�, depois de votar na sede do Instituto de Coloniza��o e Reforma Agr�ria (Incra), em Rio Branco, capital do Acre, Marina Silva procurou demonstrar otimismo sobre a hip�tese de ir para o segundo turno, embora os n�meros divulgados pelos institutos de pesquisa no s�bado j� apontassem a consistente subida de A�cio Neves e a queda da socialista nas inten��es de voto dos eleitores. Ao sair da se��o eleitoral, ela fez ataques � advers�ria petista, Dilma. Ainda no local, a candidata reclamou de intimida��es e constrangimentos a que teria sido submetida pelos advers�rios.
“A democracia serve para melhorar a pr�pria democracia, e n�o criar uma situa��o de constrangimento, como meus advers�rios fizeram”, disse. Recebida por eleitores que gritavam seu nome, Marina chegou � se��o eleitoral �s 8h37, acompanhada do pai, Pedro Augusto, e do marido F�bio Vaz. Antes de entrar na sess�o de vota��o, sorridente, posou para fotos ao lado de eleitores. Logo depois de cumprimentar os mes�rios, fez o “V” da vit�ria.
Com ag�ncias