S�o Paulo - A campanha de Dilma Rousseff (PT) viveu um paradoxo em S�o Paulo e Minas Gerais, os dois maiores col�gios eleitorais do Pa�s. O desempenho abaixo das expectativas da petista no territ�rio paulista frustrou a c�pula do partido e acendeu a luz amarela na campanha.
Ao conquistar o segundo maior col�gio eleitoral, desbancando a hegemonia tucana de 12 anos no comando do Estado, o PT vai insistir que A�cio foi rejeitado em seus pr�prio Estado e usar o resultado da elei��o em Minas para tentar desconstruir o tucano.
"Vai ficar evidente neste 2.º turno que a campanha do A�cio foi muito centrada na gest�o de Minas. Se ele perde o governo de Minas no 1.º turno para o (Fernando) Pimentel (PT) e perde para a Dilma, fica a imagem de que quem conhece o A�cio n�o vota nele", disse o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante. A tese foi repetida � exaust�o por petistas neste domingo, 5.
Por outro lado, a derrota de Alexandre Padilha para o governo de S�o Paulo foi considerada s� a ponta do iceberg do rev�s sofrido pelo PT no Estado onde o partido foi fundado e tem suas maiores lideran�as. Al�m de n�o alcan�ar patamar m�nimo da sigla na elei��o para governador, o PT tamb�m perdeu a cadeira que mantinha h� 24 anos no Senado, contabiliza redu��o dr�stica nas bancadas estadual e federal. Mas o que mais preocupa o partido � o desempenho da presidente.
Embora tenha concentrado a campanha em S�o Paulo na reta final, aliado ao empenho do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, Dilma teve apenas 26% dos votos dos paulistas contra 44% do tucano A�cio Neves. A presidente ficou � frente de Marina Silva, do PSB, por uma diferen�a de menos de 1 ponto porcentual - aproximadamente 170 mil votos.
Ainda contabilizando os resultados, logo ap�s a apura��o final, o presidente do diret�rio estadual do partido, Em�dio de Souza, n�o encontrava respostas para o baixo desempenho do partido nas urnas paulistas.
As pesquisas qualitativas feitas durante a corrida eleitoral apontam tr�s fatores primordiais para o aumento da rejei��o dos paulistas ao PT. Pela ordem, seria a baixa avalia��o do governo Dilma, na Presid�ncia e de Fernando Haddad na Prefeitura de S�o Paulo, e os esc�ndalos de corrup��o, em especial o mensal�o, que culminou com a pris�o de militantes hist�ricos do partido no Estado.
Compara��o
No plano federal, outro pilar importante do discurso de Dilma nos pr�ximos 20 dias, segundo Mercadante, ser� a compara��o com o governo tucano entre 1994 e 1998. "Disputamos as tr�s �ltimas elei��es presidenciais contra o PSDB e vencemos. Em compara��o com o governo FHC nossos dados s�o muito melhores”, afirmou.