N�o s�o s� os 2,5 milh�es de votos (31% dos v�lidos) da candidata do PSB � Presid�ncia Marina Silva no Rio de Janeiro que est�o na mira da presidente Dilma Rousseff e do tucano A�cio Neves no segundo turno. Com um patrim�nio muito maior, de 4,6 milh�es de votos (64,3%), o ex-jogador e deputado federal Rom�rio (PSB), eleito senador, � considerado um cabo eleitoral precioso no segundo turno.
"Fora a Dilma, tive contato (antes da campanha) com todos os outros (A�cio, Pez�o e Crivella), tenho rela��o muito boa com eles", afirmou Rom�rio. "Fa�o parte de um grupo que tinha Marina Silva candidata a presidente e Lindbergh Farias a governador. A pol�tica � bastante din�mica, vamos discutir poss�vel ajuda a um dos grupos, tanto nacional quando estadual", disse o ex-jogador.
Interlocutores de A�cio est�o em campo na tentativa de atrair o ex-jogador. Embora cautelosos, t�m expectativa de que Rom�rio se engaje na campanha tucana. O deputado do PSB fez campanha praticamente sozinho, tem rela��o dif�cil com o partido e quase n�o fez atividades de rua com Marina e Lindbergh. Por isso, o mais prov�vel � que anuncie uma decis�o pessoal, independente do rumo decidido pelos socialistas no segundo turno.
Na noite de domingo, Rom�rio comemorou a vit�ria com um desabafo nas redes sociais: "Um ex-favelado virou senador da Rep�blica!" Ele deixou clara a insatisfa��o com o PSB, embora tenha dito que n�o pretende deixar a legenda. "Minha rela��o com o partido n�o � das melhores", reconheceu.
Em outra frente, A�cio conta com o presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani, para revigorar o movimento "Aez�o", que prega o voto conjunto no tucano e no governador Pez�o. A chapa foi lan�ada com grande ades�o de deputados e prefeitos, enfraqueceu depois da queda de A�cio nas pesquisas, com a entrada de Marina Silva na disputa presidencial, e agora ser� retomada. A�cio ficou em terceiro lugar no Rio de Janeiro, com 26,9% dos votos. Dilma foi a primeira, com 35,6%. Picciani lembra, no entanto, que quase 60% dos eleitores se recusaram a votar no PT, sem contar os votos nulos e brancos para presidente, que somaram 14% no Estado.
"Existiu um sentimento claro de oposi��o ao governo do PT. Eu sempre fiquei firme, acreditei que A�cio iria para o segundo turno. Deputados do "Aez�o" j� me ligaram querendo continuar o trabalho, est�o motivados e preocupados com o destino do Pa�s", disse Picciani.
Os tucanos t�m expectativa tamb�m de receber apoio de algumas lideran�as da Rede Sustentabilidade, movimento liderado por Marina. O deputado Alfredo Sirkis (PSB), que n�o disputou a reelei��o, j� anunciou apoio a A�cio e disposi��o para colaborar com a campanha. Outros integrantes da Rede, como o vereador Jefferson Moura (PSOL) e o deputado reeleito Miro Teixeira (PROS), preferiram aguardar as reuni�es do movimento.
Apesar do "Aez�o", o governador Luiz Fernando Pez�o reiterou o apoio � reelei��o de Dilma. Ontem, a presidente recebeu apoio do deputado estadual mais votado no Pa�s, Marcelo Freixo, do PSOL, que obteve 350 mil votos e, no primeiro turno, fez campanha para Luciana Genro.