(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Dilma n�o d� tr�gua aos ataques

Menos de 24 horas depois do pleito, Dilma dispara farpas contra o advers�rio A�cio Neves


postado em 07/10/2014 00:12 / atualizado em 07/10/2014 07:29

(foto: Evasristo Sá/AFP)
(foto: Evasristo S�/AFP)

Bras�lia – Menos de 24 horas ap�s a defini��o do segundo turno na corrida eleitoral, a presidente Dilma Rousseff, candidata � reelei��o pelo PT, usou as redes sociais e convocou uma coletiva de imprensa para intensificar os ataques ao seu advers�rio A�cio Neves (PSDB), dando o tom do que ser� a campanha durante o segundo turno. A candidata voltou a dizer que o tucano representa uma volta ao passado e que a “realidade se impor�”.

Para Dilma, os dois partidos que continuam na disputa j� governaram o pa�s e por isso ser� poss�vel, al�m de comparar os planos de governo de cada um, fazer ainda uma compara��o entre os governos anteriores. A candidata fez quest�o de dizer que quando se refere “aos fantasmas do passado” est� falando sobre as gest�es do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “Quando eu digo que voltam os fantasmas do passado, estou me referindo ao que ocorreu durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Diante da crise, quebraram o pa�s tr�s vezes. As taxas de juros foram as mais elevadas no Brasil em per�odos p�s plano real. Praticaram taxas de juros de 45%”, afirmou na coletiva realizada no fim da tarde de ontem, no Pal�cio da Alvorada.

Em coletiva de imprensa concedida ontem, em S�o Paulo, maior col�gio eleitoral do pa�s, onde obteve a maior vota��o neste primeiro turno, A�cio disse que os “brasileiros est�o muito preocupados s�o com os monstros do presente: infla��o alta, recess�o, corrup��o”. Questionada sobre as declara��es do rival, Dilma respondeu: “Comparem a minha recess�o com a dele e compare os monstros do passado com o que est� acontecendo no meu governo. Ele pode usar a ret�rica, mas a realidade se impor�”.

Mirando mais uma os tucanos, Dilma afirmou que a indica��o de Arm�nio Fraga para o Minist�rio da Fazenda � um “complicador” para A�cio. “Porque foi justamente no per�odo em que Arm�nio Fraga era presidente do Banco Central que a infla��o saiu por duas vezes do limite superior da pol�tica de metas: em 2001, a infla��o foi a 7,7% e 2012 a 12,5%. Al�m disso, foi tamb�m na gest�o do Arm�nio Fraga que n�s tivemos a maior taxa de juros desse per�odo, 45%”, disse a petista. “E isso � uma coisa muito complicada, ent�o cada um opta pelo que quiser. Eu tenho um governo, estou fazendo um governo, os n�meros do meu governo s�o claros.”

A campanha da presidente Dilma pretende usar o ex-presidente do Banco Central como personifica��o da cr�tica � pol�tica econ�mica proposta pelo tucano. No debate da TV Globo, a presidente j� usou Arm�nio para atacar A�cio: “O atual indicado pelo senhor para ser o seu eventual ministro da Fazenda � aquele que praticou taxa de infla��o acima do limite superior da meta, 7,7% em, em 2001. E em 2002, 12,5. (...) Voc�s desempregaram 12,5%. (...) Voc�s tiveram ao mesmo tempo uma taxa de juro que bateu todos os recordes durante a gest�o Arm�nio Fraga, 45%. Voc�s tiveram a capacidade de colocar o Brasil de joelhos diante do Fundo Monet�rio Internacional”.

 

Aaques pelas redes sociais

No fim da manh�, Dilma publicou em suas p�ginas do Facebook e do Twitter cr�ticas diretas ao PSDB. Ela escreveu mensagens em que reapresenta propostas para um eventual segundo mandato. Ao falar de economia, Dilma disse que ir� melhorar o setor, “mas sem desempregar ou fazer arrocho salarial, como fez o governo do PSDB”. Em seguida ela diz que “o povo brasileiro n�o quer de volta aqueles que trouxeram o racionamento de energia”. Em outra refer�ncia direta aos governos do PSDB, Dilma afirma que ir� produzir as “mudan�as necess�rias na condu��o da pol�tica econ�mica. Mas n�o deixar� voltar o tempo em que a riqueza do pa�s n�o era distribu�da e as crises eram combatidas �s custas do trabalhador e de seu emprego e sal�rio”.

Telefonema e alian�as

Dilma considerou o telefonema dado por Marina Silva (PSB), terceira colocada na disputa � Presid�ncia, como “extremamente gentil e civilizado”. “Ela me cumprimentou pela elei��o e eu disse que eu tinha certeza que n�s lut�vamos por melhorar o Brasil, em que pese as nossas diferen�as”, disse. Marina ligou para Dilma e A�cio no in�cio da manh� de ontem. A conversa, segundo assessores da ex-senadora, foi protocolar, em que Marina parabenizou os advers�rios pelo desempenho mas n�o tratou de um eventual apoio a nenhum dos dois.
Na coletiva, Dilma evitou falar sobre poss�veis alian�as com Marina ou com o PSB. “Acho que seria uma temeridade falar hoje sobre como seria uma temeridade qualquer fala a respeito de como ser� o apoio no futuro. � �bvio que muitas vezes os apoios n�o dependem s� de uma pessoa. S�o decididos por v�rias inst�ncias”, disse.

Bolsa de valores

Ap�s o Ibovespa, principal �ndice da Bolsa de Valores de S�o Paulo, disparar mais de 5% durante o dia, e a cota��o do d�lar norte-americano cair com o resultado do primeiro turno das elei��es, a presidente e candidata � reelei��o Dilma Rousseff (PT) disse ontem, em coletiva no Pal�cio da Alvorada, que investidor “n�o ganha elei��o”. “Eu desconfio que os investidores podem fazer tudo, mas n�o ganham uma elei��o. Quem ganha e vota no Brasil chama-se povo brasileiro”, disse Dilma, respondendo a uma rep�rter sobre a torcida de investidores por uma vit�ria do candidato do PSDB.

Pesquisas eleitorais

Dilma negou que tenha ficado frustrada com o resultado do primeiro turno – pesquisas de boca de urna apontavam uma vantagem maior da petista sobre o tucano. “Eu n�o (fiquei frustrada), eu esperava direitinho, sabe por qu�? N�s n�o achamos e n�o acreditamos nessa infalibilidade das pesquisas, n�? N�o acreditamos nisso, at� porque a gente tem um hist�rico de algumas coisas surpreendentes que acontecem na elei��o. Por exemplo, l� na Bahia, que pela terceira vez consecutiva, em elei��es para governador, o candidato que � tido e havido como perdedor ganha no primeiro turno”, comentou a presidente, citando a vit�ria do candidato do PT, Rui Costa. “Voc�s me desculpem, mas eu acho que pesquisa � uma refer�ncia, eu sempre digo que n�o comento (pesquisa), acho que ela � para analista. N�s usamos v�rias outras informa��es al�m das pesquisas. Muito obrigada”, afirmou, encerrando a entrevista.

Estrat�gia de campanha


Dilma passou o dia reunida com integrantes da c�pula da sua campanha eleitoral. A principal preocupa��o dos petistas est� no Estado de S�o Paulo, onde A�cio teve um expressivo resultado – 44,2% dos votos, enquanto a presidente ficou com 25,8%. O desempenho s� n�o foi pior porque o ex-presidente Lula entrou na campanha na reta final. Nos �ltimos dias antes da elei��o de domingo, Lula fez uma verdadeira maratona de atividades em S�o Paulo, ao lado do candidato do PT ao governo estadual, Alexandre Padilha, que ficou em terceiro lugar.

Hoje, a presidente se reunir� � tarde, em um hotel em Bras�lia, com todos os governadores e senadores da base aliada eleitos em primeiro turno e com candidatos a governos em estados onde n�o h� racha na base. O evento ser� uma clara demonstra��o de for�a da candidata. Ela vai pedir o empenho de cada uma para se reeleger e tamb�m vai lembrar que, mesmo os reeleitos, n�o deve se desmobiliza, n�o fechar seus comit�s completamente.

Dilma acha que consegue melhorar sua performance em muitos desses estados. O foco da petista, como no final da campanha, ser� assegurar a vantagem sobre A�cio Neves, em Minas Gerais, onde n�o quer perder um s� voto, e conta com um importante aliado: o governador eleito pelo PT, Fernando Pimentel, seu amigo pessoal. A campanha vai dar aten��o especial tamb�m ao Rio de Janeiro e S�o Paulo, onde obteve a metade dos votos de A�cio, al�m dos estados do Sul
No Nordeste, a aten��o ser� voltada para Pernambuco, onde Dilma conseguiu 44%, mas foi ultrapassada por Marina, que obteve 48%. Com o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, Dilma quer conseguir os votos dos pernambucanos.

Bolsa-fam�lia pesa no voto


Criado no governo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) e transformado em uma das principais bandeiras da gest�o petista, o Bolsa-Fam�lia teve mais impacto para ajudar a presidente Dilma Rousseff (PT) a ampliar sua vantagem sobre os advers�rios nas elei��es de ontem do que no primeiro turno de 2010. Neste ano, os 150 munic�pios com maior cobertura do programa federal (fam�lias atendidas em rela��o ao total de habitantes) deram � presidente uma vota��o m�dia de 77,8% dos votos, ou 36,2 pontos percentuais acima da m�dia nacional, de 41,6%. Essa vantagem ficou 7,3 pontos acima da que a que ela obteve na elei��o anterior. No primeiro turno de 2010, a vota��o de Dilma nesses munic�pios foi de 75,8% e ficou 28,9 pontos acima da m�dia nacional, de 46,9%.

EVARISTO S�/AFP


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)