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Estado de Minas

Cunha � o favorito do PMDB para comandar a C�mara

Eduardo Cunha foi o terceiro deputado mais votado do Rio de Janeiro e o campe�o de votos do PMDB


postado em 07/10/2014 10:37 / atualizado em 07/10/2014 11:06

Rio - Aos 56 anos de idade, 25 deles na pol�tica, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi reeleito com 232.708 votos e j� tem no horizonte uma nova disputa. Embora n�o goste de falar no assunto, o l�der da bancada do PMDB � a aposta do partido para ocupar a presid�ncia da C�mara em 2015, quando inicia o quarto mandato federal.

Cunha foi o terceiro deputado mais votado do Estado e o campe�o de votos do PMDB. Na noite de domingo, 5, comemorou: "Aumentou o n�mero dos meus patr�es", como se refere aos eleitores. "Tenho um forte eleitorado evang�lico, que n�o me faltou. Mas perdi muitos votos para o Bolsonaro", calcula. Jair Bolsonaro (PP) foi o deputado mais votado do Rio, com 464.572 votos.

Respons�vel por grande parte das dores de cabe�a da presidente Dilma Rousseff (PT), em raz�o das derrotas que imp�s ao governo em momentos de rebeldia dos peemedebistas, Cunha deixa de lado os embates de Bras�lia em tempos de campanha.

Bandeiras

Suas principais bandeiras s�o a luta contra o aborto, contra o casamento gay e contra a legaliza��o das drogas. Fiel da igreja Sara Nossa Terra, Cunha mistura, nas redes sociais, a publica��o de propostas e salmos na mesma medida.

Quando Marina Silva (PSB), tamb�m evang�lica, entrou na disputa presidencial, Cunha disse que ela "assumiu em seu programa de governo posi��es contr�rias � fam�lia".

Embora tenha se posicionado contra Marina, n�o fez campanha para presidente. Alegou que, como l�der partid�rio, n�o poderia assumir posi��o. O material de propaganda pedia votos para o governador Luiz Fernando Pez�o (PMDB) e deputados estaduais com os quais fez dobradinha.

Agora Cunha faz mist�rio sobre sua atua��o no 2.º turno da disputa presidencial. "Vou conversar com a bancada, vamos ver", desconversa. Tamb�m n�o fala em presid�ncia da C�mara. "N�o vou passar o carro na frente dos bois."

Como o PT manteve a maior bancada de deputados federais, n�o ser� f�cil para o PMDB garantir a presid�ncia da Casa, mas os peemedebistas mostram disposi��o para brigar pelo cargo.

Economista, Eduardo Cunha entrou na pol�tica no extinto PRN, partido pelo qual Fernando Collor foi eleito presidente em 1989. Chegou � presid�ncia da Telerj, a companhia telef�nica do Estado. Em 1998, filiado ao PPB, disputou a primeira elei��o e ficou com a supl�ncia de deputado estadual.

No ano seguinte, foi nomeado presidente da Companhia Estadual de Habita��o (Cehab) pelo ent�o governador Anthony Garotinho, ex-aliado e hoje um dos maiores desafetos do deputado.

Cunha foi eleito deputado federal em 2002 e, no ano seguinte, entrou no PMDB. �quela altura, tinha se tornado popular como comentarista da r�dio evang�lica Melodia FM, onde at� hoje faz inser��es di�rias com o bord�o "Afinal de contas, o povo merece respeito".

A passagem pela Cehab rendeu a Cunha um processo que teve desdobramentos at� chegar ao Supremo Tribunal Federal, onde ainda tramita. Ele � acusado de ter usado documentos falsos para se livrar de investiga��o no Tribunal de Contas do Estado (TCE) por supostas irregularidades da companhia de habita��o. Cunha diz ser inocente e garante que jamais soube que os documentos que o favoreceram eram falsos.

Bloc�o

Eleito l�der do PMDB na C�mara, no in�cio de 2013, ganhou mais visibilidade e influ�ncia como porta voz das insatisfa��es do partido, especialmente pelo que considera pouco prest�gio da legenda na gest�o de Dilma. Cunha liderou o chamado "bloc�o", que assumiu posi��o de independ�ncia em rela��o ao governo.

Com patrim�nio declarado de R$ 1,6 milh�o, arrecadou nos dois primeiros meses da campanha R$ 3,7 milh�es, segundo parcial divulgada em setembro ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Seus principais doadores foram a CRBS, empresa de bebidas, a Telemont, de telefonia, a Minera��o Corumbaense e o banco BTG Pactual. Aliviado com a vit�ria, reconhece: "Talvez tenha sido a elei��o em que mais trabalhei. Todos os candidatos tinham um pouco de preocupa��o com o que aconteceria depois das manifesta��es de junho". 


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