S�o Paulo - A candidata derrotada na disputa presidencial Marina Silva (PSB) esteve nessa quarta-feira, 8, em S�o Paulo com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso � v�spera da data marcada para o an�ncio de seu apoio � candidatura do tucano A�cio Neves no 2.º turno da elei��o.
Nessa quarta-feira, por�m, Marina recebeu o aval da Rede Sustentabilidade - partido que a ex-ministra tentou criar no ano passado, mas teve o registro negado pela Justi�a Eleitoral - para apoiar A�cio. De acordo com o porta-voz da Rede, Walter Feldman, o grupo decidiu que n�o h� como apoiar a reelei��o da presidente Dilma Rousseff (PT) e que � importante que haja altern�ncia de poder.
"A s�ntese do que decidimos � que a mudan�a significa hoje o voto em A�cio, nulo ou branco. Essas seriam as tr�s posi��es que a Rede considera adequadas", disse.
Orienta��o
Feldman refor�ou que a Rede quer destacar pontos program�ticos para orientarem o posicionamento dos eleitores nesta segunda fase da campanha. Citou como exemplos, al�m da reforma pol�tica e do desenvolvimento sustent�vel, a reforma agr�ria e a demarca��o das terras ind�genas.
O grupo vinha demonstrando resist�ncia a endossar o nome do tucano, mas cedeu aos apelos da ex-ministra. A colunista do Estado Sonia Racy revelou que 75% dos “sonh�ticos" defendiam um posicionamento da ex-candidata contra a reelei��o de Dilma, mas n�o, explicitamente, a favor de A�cio.
Segundo Feldman, muitos integrantes da Rede se mostraram desconfort�veis com a op��o de apoiar A�cio e, por isso, optou-se por indicar tamb�m a op��o de anular o voto. "N�s admitimos a exist�ncia daqueles que n�o querem votar na polariza��o", disse Feldman.
A ex-ministra do Superior Tribunal de Justi�a Eliana Calmon, que concorreu ao Senado na Bahia pelo PSB e � integrante da Rede, explicou que o grupo n�o vai assumir o programa do candidato tucano e que h� muitos integrantes da Rede que n�o far�o campanha a A�cio. Eliana, por�m, fez quest�o de destacar que tem um posicionamento pessoal mais "pragm�tico". "Se ele for a Bahia, eu subo no palanque", afirmou.
Apesar de Marina ainda n�o ter declarado publicamente o apoio a A�cio, Feldman disse ontem � tarde que a candidata derrotada deve ter uma participa��o ativa no 2.º turno. "Ela vai acompanhar ativamente, mas n�o ter� o dinamismo e a profundidade que tem uma candidata." Feldman, contudo, afirmou que � a pr�pria Marina quem vai detalhar como ser� essa participa��o.