S�o Paulo - A Pol�cia Federal (PF) e a Procuradoria da Rep�blica identificaram dep�sitos no valor global de US$ 4,8 milh�es da OAS African Investments Limited na conta banc�ria da offshore Santa Thereza Services Ltd na Su��a, controlada pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, alvo maior da Opera��o Lava Jato.
O Minist�rio P�blico Federal e a PF localizaram documentos sobre as transfer�ncias durante buscas no escrit�rio e na resid�ncia do executivo Jo�o Proc�pio Junqueira de Almeida Prado, apontado como operador do doleiro Alberto Youssef - mentor do esquema de lavagem de dinheiro, segundo a PF.
Acordo
As buscas foram realizadas em julho, por ordem judicial. A Santa Thereza � uma das 11 offshores controladas por Costa, que fez acordo de dela��o premiada com o Minist�rio P�blico Federal. No acordo, o ex-diretor da Petrobras abriu m�o de todos os ativos depositados em contas das offshores por ele administradas, inclusive a Santa Thereza Services Ltd. Costa j� autorizou a repatria��o de US$ 25,8 mi depositados na Su��a e em Cayman.
Com o executivo Jo�o Proc�pio Junqueira de Almeida Prado, a PF apreendeu extrato da conta da Santa Thereza no per�odo de 8 de outubro de 2012 a 4 de mar�o de 2013, com diversas opera��es em valores iguais de US$ 1 milh�o cada.
Em 2011, segundo o MPF, a conta da Santa Thereza na Su��a recebeu “onze opera��es sequenciais” de cr�ditos originadas da Sanko Sider. A conta da offshore recebeu 289,74 mil da Sanko Sider entre 24 de janeiro de 2013 e 7 de fevereiro de 2014.
"Esse valor � relacionado aos crimes de corrup��o, peculato, contra o sistema financeiro e tribut�rio", afirma a Procuradoria da Rep�blica.
A PF e o Minist�rio P�blico Federal apuraram que dentro da conta da offshore Santa Thereza h� quatro subcontas denominadas Fianca, CC, Premier e Sanko "todas controladas pela organiza��o criminosa de Youssef e utilizadas para pr�ticas delitivas", segundo o MPF.
Ainda de acordo com a Procuradoria, a OAS "est� diretamente envolvida com os desvios de valores e crimes contra a administra��o".
No acordo de dela��o, Costa reconheceu que todos os valores depositados em contas das offshores, inclusive da Santa Thereza, s�o "integralmente produto de atividade criminosa". O ex-diretor se comprometeu a contribuir para a "repatria��o desses valores em benef�cio do Pa�s".