O candidato do PSDB � Presid�ncia da Rep�blica, A�cio Neves, criticou ontem o posicionamento da presidente Dilma Rousseff (PT) sobre o vazamento dos depoimentos prestados � Justi�a Federal do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef para a imprensa durante o processo eleitoral. Candidata � reelei��o, Dilma disse achar “estarrecedor” que os depoimentos sejam divulgados em �poca de elei��o e por eles estarem em segredo de Justi�a.
O presidenci�vel do PSDB disse considerar “melanc�lico” o in�cio do segundo turno. Em sua avalia��o, a presidente Dilma utiliza “a velha e perversa tentativa de divis�o do pa�s” e que tal atitude, “s� serve ao projeto do PT”. “Perder uma elei��o � do jogo democr�tico, n�o se pode perder a coer�ncia e o compromisso com as pessoas”, completou o candidato, que se encontra hoje, no Recife, com Renata Campos, vi�va do ex-presidenci�vel Eduardo Campos, morto em agosto, num acidente a�reo em Santos, no litoral de S�o Paulo. No encontro, ela vai anunciar seu apoio � candidatura de A�cio. “� uma honra pessoal receber esse apoio”, disse. Ele se encontra tamb�m com o governador eleito no primeiro turno, Paulo C�mara (PSB), e o prefeito do Recife, Geraldo J�lio (PSB). Os dois j� assumiram a coordena��o da campanha de A�cio no estado.
A�cio tamb�m prometeu , se eleito, fazer revis�o do fator previdenci�rio, corrigir a tabela do Imposto de Renda pela infla��o e buscar a valoriza��o do sal�rio m�nimo. “Hoje reitero o compromisso a trabalhadoras e trabalhadores de rever o fator previdenci�rio. Vamos encontrar uma f�rmula que n�o seja t�o perversa para com os aposentados como vem sendo o fator previdenci�rio”, disse.
Depois de anunciar, no primeiro turno, o ex-presidente do Banco Central Arm�nio Fraga como futuro ministro da Fazenda, em caso de vit�ria, A�cio prometeu ainda, para a pr�xima semana, dois novos nomes que integrar�o o primeiro escal�o de um eventual governo tucano. “No correr da pr�xima semana, teremos novidade, no mesmo patamar (de Arm�nio Fraga)”, afirmou. O candidato disse que est� conversando com poss�veis futuros ministros, que contribuir�o para a “qualidade” do seu governo. Durante a entrevista, ele lembrou que hoje � o dia nacional da preven��o da viol�ncia contra a mulher e garantiu a cria��o de uma rede de prote��o � mulher que sofreu ou est� sob amea�a de viol�ncia.
Sobre alian�as para o segundo turno, A�cio demonstrou tranquilidade em rela��o � manifesta��o de Marina Silva, que fez uma s�rie de exig�ncias para apoi�-lo. “Vejo com enorme naturalidade. H� uma converg�ncia crescente entre os companheiros. Marina tomar� decis�o no tempo certo e ser� por n�s respeitada.”
APOIO O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), disse ontem que votou em A�cio Neves no primeiro turno e adiantou que vai votar no segundo. “Vou votar no segundo turno e darei o meu apoio � campanha dentro das possibilidades de um prefeito atarefado como eu sou”, afirmou. “Existe um processo de disciplina partid�ria. Eu sou muito ligado ao PSB, � o �nico partido ao qual eu me filiei sempre. Devo, inclusive, participar da reuni�o do diret�rio nacional na segunda-feira para a escolha da nova executiva. Fui convocado ontem a estar l�. Nesse momento, naturalmente, na vida de um prefeito de uma capital, a sua principal obriga��o � trabalhar e cuidar da cidade. Cumprir os compromissos de prefeito.” (Com ag�ncias)