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Estado de Minas

Peso do Bolsa-Fam�lia � maior em 2014

Estudo indica que cada ponto porcentual de cobertura do Bolsa-Fam�lia em um munic�pio rendeu, em m�dia, 0,32 ponto porcentual na vota��o de Dilma naquela cidade - o dobro do que foi verificado em 2010


postado em 13/10/2014 07:37 / atualizado em 13/10/2014 07:47

S�o Paulo - O BolsaFam�lia, principal programa de transfer�ncia de renda do pa�s, teve em 2014 o maior impacto eleitoral desde sua cria��o, segundo estudo do cientista pol�tico Cesar Zucco, da Funda��o Get�lio Vargas, feito em parceria com o Estad�o Dados. A an�lise indica que cada ponto porcentual de cobertura do Bolsa-Fam�lia em um munic�pio rendeu, em m�dia, 0,32 ponto porcentual na vota��o de Dilma naquela cidade - o dobro do que foi verificado em 2010.

O estudo compara o desempenho da presidente em munic�pios de perfis socioecon�micos semelhantes, mas com diferen�as nos porcentuais de atendimento do Bolsa Fam�lia.

Embora n�o permitam dizer exatamente como benefici�rios e n�o benefici�rios do programa se comportam na hora de votar, os resultados indicam que, quanto maior a parcela de fam�lias beneficiadas, maior a probabilidade de a presidente ganhar na cidade analisada.

Segundo o estudo, um em cada cinco votos em Dilma est� relacionado ao mais famoso programa de transfer�ncia de renda dos governos petistas. A extrapola��o dos resultados, por�m, sugere que a presidente teria recebido vota��es expressivas nos locais mais pobres, mesmo sem o programa.

A an�lise de Zucco leva em conta vari�veis socioecon�micas - como a pujan�a da economia do munic�pio, medida pelo Produto Interno Bruto, e o �ndice de Desenvolvimento Humano (IDH) -, para especificar munic�pios semelhantes a serem comparados entre si.

S�o levados em conta ainda fatores pol�ticos, como o partido a que pertencem o prefeito e o governador do Estado em que est� localizada a cidade. � por isso que � poss�vel isolar o efeito eleitoral do Bolsa Fam�lia quando comparado ao impacto das outras vari�veis.

Vizinhos

O cientista pol�tico ressalta, no entanto, que n�o se pode afirmar que os votos extras de Dilma nas cidades com maior cobertura do programa venham necessariamente dos benefici�rios. "Pode ser que mesmo o eleitor que n�o receba o Bolsa Fam�lia veja o efeito do benef�cio em um vizinho e decida, assim, votar no candidato do governo", observou.

Os resultados s�o, portanto, preliminares. De acordo com Zucco, ser�o necess�rias novas an�lises estat�sticas com dados em n�vel individual, como pesquisas de inten��o de voto, para que enfim se esclare�a de que forma se comportam benefici�rios e n�o benefici�rios em cada cidade.

A metodologia para medir a influ�ncia do Bolsa Fam�lia nas elei��es vem sendo refinada pelo cientista pol�tico desde 2009. Em 2013, Zucco publicou um artigo sobre o tema no American Journal of Political Science, um dos maiores peri�dicos de ci�ncia pol�tica do mundo. A pedido do Estad�o Dados, Zucco replicou a mesma an�lise estat�stica dos anos anteriores para os dados eleitorais de 2014.

Bolsa Escola


Em 2002, ainda durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), quando o programa de transfer�ncia de renda do governo era o Bolsa Escola, o ent�o candidato da situa��o, Jos� Serra, recebeu, em m�dia, 0,17 ponto porcentual a mais em sua vota��o para cada ponto porcentual adicional de cobertura daquele programa.

Quatro anos depois, em 2006, o Bolsa Fam�lia deu a Lula cerca de 0,15 ponto porcentual de votos v�lidos para cada ponto porcentual na cobertura do programa - �ndice que se manteve praticamente est�vel na elei��o seguinte, de 2010, em benef�cio da candidata petista Dilma Rousseff: 0,18. S� agora, em 2014, esse �ndice passou dos 0,3 ponto porcentual.


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