
Principal programa social do governo federal, o Bolsa-Fam�lia foi alvo de cr�ticas do senador e candidato a presidente da Rep�blica A�cio Neves (PSDB). Durante evento de campanha em S�o Paulo, o tucano prometeu que, se eleito, vai abrir o cadastro dos benefici�rios, que classificou de “caixa-preta”. As declara��es tiveram como base relat�rio de fiscaliza��o do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), divulgado na semana passada, que apontou distor��es em �ndices usados pelo Bolsa-Fam�lia, o que indica que o n�mero de pobres e extremamente pobres no Brasil poderia estar subestimado.
“N�s queremos a pol�tica da supera��o da pobreza. E � isso que n�s estamos fazendo. Primeiro a quest�o pontual: n�s vamos abrir essa caixa-preta que � o cadastro do Bolsa-Fam�lia. Ningu�m sabe direito o que est� acontecendo no Bolsa-Fam�lia, voc� n�o consegue saber”, afirmou o candidato do PSDB. A�cio Neves contou ainda que, usando da prerrogativa de senador, j� solicitou ao governo o acesso a informa��es do programa, tais como escolaridade das crian�as beneficiadas, vacina��o e qualifica��o dos pais. No entanto, n�o foi atendido.
Mais uma vez o tucano negou que v� acabar ou alterar regras do Bolsa-Fam�lia. “N�s vamos cuidar do que tem que vir al�m do Bolsa-Fam�lia. E a minha grande diferen�a de sentimento e de pensamento em rela��o a essa vis�o do PT sobre pobreza � que o PT se contenta com a administra��o da pobreza”, reclamou. Respons�vel pela gest�o do programa, o Minist�rio do Desenvolvimento Social e Combate � Fome alegou na semana passada que o relat�rio do TCU parte de “premissas erradas” para chegar a “conclus�es equivocadas”. Em nota, a dire��o do TCU repudiou as “difama��es que atacaram a honra” do �rg�o.
DROGAS A�cio Neves se reuniu nessa qurata-feira na capital paulista com mulheres para debater propostas como o combate � viol�ncia dom�stica e ao tr�fico de drogas. Questionado por uma m�e que teve o filho morto durante assalto, por um menor que precisava de dinheiro para comprar drogas, o tucano afirmou que endurecer� a rela��o do Brasil com pa�ses fronteiri�os que n�o coibem o cultivo, a produ��o e o com�rcio de drogas. O principal alvo ser� a Bol�via – que segundo ele produz hoje quatro vezes mais coca�na do que consome –, mas citou tamb�m a Col�mbia e o Paraguai.
“N�s n�o daremos no nosso governo financiamentos nem estabeleceremos parcerias com pa�ses que n�o tiverem internamente um programa confi�vel de diminui��o de inibi��o do combate �s drogas e da produ��o de drogas nestes pa�ses. Para mim isso � absolutamente claro”, prometeu. O candidato aproveitou para criticar a gest�o do PT no Pal�cio do Planalto, que ele disse assistir ao crescimento da viol�ncia e criminalidade ao mesmo tempo em que financia obras nos pa�ses vizinhos por meio do BNDES. O tucano reconheceu que existe uma rela��o de solidariedade com essas na��es, mas que s� ser� mantida a partir do momento em que tenham responsabilidade.
L�PIS Cobrado pela candidata do PSB Marina Silva a apresentar seu programa de governo, A�cio Neves disse que vai mostr�-lo assim que ficar pronto, j� que o documento est� sendo feito com “cuidado” e � caneta. “N�o � feito a l�pis, para apagar a depender de press�es”, ironizou, referindo-se a recuos feitos pela advers�ria em suas propostas, como aquelas voltadas para os homossexuais. O tucano refor�ou ainda a promessa de que, se eleito, vai reduzir a maioridade penal para adolescentes condenados por crimes graves.