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Estado de Minas

Doleiro tinha 'acordo de sigilo' com estatal, diz PF

Alberto Youssef tinha "acordo de confidencialidade" entre a Petrobras Distribuidora e a CSA Project Finance Ltda


postado em 13/10/2014 09:37 / atualizado em 13/10/2014 09:45

S�o Paulo - Nos computadores de Alberto Youssef, alvo da Opera��o Lava Jato, a Pol�cia Federal encontrou um "acordo de confidencialidade" entre a Petrobras Distribuidora e a CSA Project Finance Ltda., controlada pelo ex-deputado do PP Jos� Janene (que morreu em 2010) e pelo doleiro e usada para lavar R$ 1,15 milh�o do mensal�o.

Para os investigadores, a minuta do acordo indicaria que Youssef e Janene, envolvidos no esquema acusado de desviar recursos da obra da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, tamb�m atuaram no leil�o para erguer e operar a Usina Termel�trica Suape II, em terreno ao lado da �rea onde, em 2008, come�aria a constru��o da unidade petrol�fera.

O arquivo no computador do doleiro tamb�m coloca sob suspeita a vers�o da estatal, uma subsidi�ria da Petrobras, de que desconhecia a liga��o de duas de suas s�cias no empreendimento da usina com a CSA.

O documento tem data de janeiro de 2007 e o leil�o da Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel) ocorreu em outubro daquele ano. Movida a �leo combust�vel e com capacidade total de fornecer 350 MW para a refinaria, Supae II previa investimento de R$ 590 milh�es.

O cons�rcio vencedor foi formado pela MPE Montagens e Projetos Especiais, BR Distribuidora, Ellobras Infra-Estrutura e Participa��es, Genrent Participa��o Ltda. e Genpower Energy Participa��es.

A Ellobras e a Genpower s�o controladas pela CSA, empresa de Janene e Youssef. As duas somam 40% das cotas do cons�rcio. As outras tr�s tinham 20% cada, incluindo a BR. Ap�s 40 dias, Ellobras e Genpower negociam com um outro cons�rcio de infraestrutura a venda de seus 40% na termel�trica. A CSA e uma institui��o financeira levaram cerca de 3% do valor bruto da transa��o.

Em 2011, a Petrobras assumiu o controle da termel�trica, depois de o cons�rcio ter deixado o controle da concess�o.

Em agosto passado, quando a den�ncia da Procuradoria foi divulgada, informando que a BR Distribuidora tinha sido s�cia de duas empresas ligadas � CSA, a estatal negou a parceria com a Ellobras e Genpower. "Desconhecemos haver qualquer rela��o da Ellobras e Genpower nesse neg�cio da termel�trica Suape II, com a empresa CSA Project Finance, relacionada ao sr. Alberto Youssef", dizia a nota.

Representantes


Para os investigadores, a an�lise nos computadores de Youssef comprovaria que a pr�pria CSA elaborou a minuta do termo de confidencialidade com a BR Distribuidora. No documento, que n�o est� assinado, constam um representante da estatal e um da empresa.

De acordo com a PF, o texto diz que as partes acordam que "iniciar�o relacionamento comercial envolvendo aspectos operacionais estrat�gicos de suas atividades (...) dever�o trocar informa��es confidenciais sobre dados, pesquisas, estrat�gia, resultados financeiros, segredos comerciais e similares, de forma oral, escrita, ou eletr�nica, de propriedade e interesse, conforme o caso, da CSA e da BR". A Petrobras foi procurada e n�o respondeu � reportagem.


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