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Estado de Minas

Partido maior tem peso menor com coliga��es

Se as coliga��es fossem proibidas, o n�mero de partidos com assento na C�mara na pr�xima legislatura cairia de 28 pra 22


postado em 16/10/2014 10:01 / atualizado em 16/10/2014 10:10

S�o Paulo - A exist�ncia de coliga��es nas elei��es para deputado federal - um subproduto do "mercado" do tempo de propaganda na TV - � uma das principais respons�veis pela fragmenta��o das bancadas partid�rias na C�mara dos Deputados, fen�meno que atingiu n�veis in�ditos na elei��o deste ano.

C�lculos feitos pelo Estad�o Dados mostram que, se as coliga��es fossem proibidas, o n�mero de partidos com assento na C�mara na pr�xima legislatura cairia de 28 pra 22.

Al�m disso, haveria uma amplia��o do peso dos maiores partidos. PMDB, PT e PSDB, que elegeram pouco mais de um ter�o dos deputados, ganhariam nada menos que 84 cadeiras e controlariam 53% da Casa. Dezoito partidos perderiam vagas sem a exist�ncia das coliga��es.

O principal beneficiado por essa mudan�a - j� cogitada em discuss�es sobre reforma pol�tica - seria o PMDB: sua bancada cresceria de 66 eleitos para 102. O PT ficariam com 31 representantes a mais, passando de 70 para 101. E o PSDB, em vez de 54 deputados, elegeria 71.

Os n�meros evidenciam que as alian�as nas elei��es para deputados s�o sempre um mau neg�cio para os partidos grandes e uma b�n��o para os m�dios e pequenos. O que leva ent�o as maiores legendas a aceitar esse tipo de acordo?

A� � que entra o fator tempo de televis�o. A �nica forma de candidatos a governador ou presidente ampliarem sua presen�a no palanque eletr�nico � fechar alian�as com outros partidos, absorvendo, assim, o tempo de propaganda a que cada sigla tem direito. Como contrapartida, os nanicos costumam exigir que a alian�a para o cargo majorit�rio se reproduza na disputa proporcional.

Isso acontece porque os partidos menores t�m dificuldades para atingir o quociente eleitoral, n�mero de votos necess�rios para ganhar uma vaga na C�mara. Sozinho, um partido s� elege um deputado se sua lista de candidatos obtiver o equivalente ao dobro do quociente eleitoral. Em S�o Paulo, onde o quociente eleitoral foi de 299 mil votos, seriam necess�rios 600 mil votos para conquistar duas vagas, por exemplo.

A regra das coliga��es, por�m, permite que esse total de votos seja obtido n�o apenas pelos partidos, mas tamb�m por coliga��es. Assim, tomando novamente o exemplo de S�o Paulo, uma legenda pode eleger dois representantes mesmo sem alcan�ar 600 mil votos - basta que sua coliga��o o fa�a.

Distor��es


Al�m de contribuir com a fragmenta��o partid�ria, as coliga��es na elei��o para deputado tamb�m geram distor��es na representa��o da vontade do eleitor. Como � comum que elas sejam feitas sem crit�rios program�ticos ou partid�rios, algu�m pode votar em um partido de esquerda e ajudar a eleger um parlamentar de direita, ou vice-versa.


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