S�o Paulo - A regra das coliga��es para a elei��o de deputado federal torna mais dif�cil para o eleitor compreender qual partido ele ajuda a eleger com o seu voto. Mas isso acontece apenas porque o leque de alian�as partid�rias feitas por cada legenda pelo Brasil � enorme. Das 496 combina��es poss�veis de alian�a entre dois partidos quaisquer em ao menos um Estado, 414 (ou seja, 83%) aconteceram nestas elei��es.
"A regra das coliga��es para deputado federal no Brasil, que n�o precisam seguir a l�gica das alian�as para presidente ou mesmo serem iguais em cada Estado, � algo totalmente singular. N�o conhe�o lugar no mundo em que os partidos tenham autonomia para celebrar coliga��es nacionais para o Congresso desse jeito", afirma o professor de Ci�ncia Pol�tica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Jairo Nicolau.
De acordo com Nicolau, uma sa�da para esse sistema seria abolir as coliga��es para deputado federal mas, para impedir que o quociente eleitoral vire uma cl�usula de barreira intranspon�vel, permitir que partidos com menos votos que esse limite possam participar da divis�o das vagas que sobraram ap�s a divis�o dos votos de cada partido pelo quociente. "O problema � que quanto mais fragmentada a C�mara, mais dif�cil fica para mudar essa norma", diz.