
Em meio ao clima de acirramento da campanha para o Pal�cio do Planalto, os dois candidatos que disputam o segundo turno das elei��es, a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador A�cio Neves (PSDB), se enfrentaram nesta quinta-feira no debate promovido e transmitido ao vivo pelo SBT/Alterosa. Sob a media��o do jornalista Carlos Nascimento, a petista e o tucano trocaram acusa��es na maior parte do tempo, que durou uma hora e 20 minutos. A escolha dos temas foi livre.
Quem venceu o debate? Opine
PRIMEIRO BLOCO - NEPOTISMO E CORRUP��O
No primeiro bloco do debate presidencial, transmitido pelo SBT/Alterosa, os candidatos A�cio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) trocaram acusa��es sobre atos de nepotismo envolvendo familiares do advers�rio. Enquanto a petista cobrou explica��es sobre a nomea��o de parentes de A�cio durante sua gest�o no governo de Minas, entre eles a indica��o de sua irm� Andrea Neves para gerenciar a distribui��o de recursos para ve�culos de comunica��o, o tucano questionou a nomea��o do irm�o da presidente, Igor Rousseff, para trabalhar na prefeitura de Belo Horizonte (PBH) na gest�o de Fernando Pimentel (PT). "A minha irm� trabalha muito e n�o recebe nada. Seu irm�o recebe e n�o trabalha", disse A�cio.
Eles tamb�m trocaram duras acusa��es sobre esc�ndalos de corrup��o envolvendo os partidos advers�rios. A�cio citou as den�ncias de superfaturamento e desvios na obra do Complexo Petroqu�mico da Rio de Janeiro (Coperj). “A den�ncia de hoje aponta irregularidades de R$18 bilh�es. N�o bastou Abreu Lima, Passadena, mas agora temos a Coperj. A senhora sempre diz que n�o sabe de nada. De quem � a responsabilidade sobre esses atos?”, questionou A�cio.
A petista rebateu defendendo o trabalho independente da Pol�cia Federal nas investiga��es de obras da Petrobras. “A PF investigou e, caso comprovados os desvios, vamos punir implacavelmente. Isso significar� que o Brasil ter� pela primeira vez de fato um combatente sistem�tico � corrup��o”, afirmou Dilma. Ela citou esc�ndalos envolvendo governos tucanos e afirmou que a diferen�a entre os dois partidos � que na gest�o do PT, os casos foram investigados.
SEGUNDO BLOCO - SEGURAN�A P�BLICA E MOBILIDADE
No segundo bloco do debate, o principal tema discutido foi o da seguran�a p�blica. O candidato do PSDB, A�cio Neves, criticou a gest�o petista, citando a baixa execu��o em projetos para o combate � viol�ncia. “O or�amento n�o foi executado nem a metade. Onde � que est�o as pol�ticas de controle de nossas fronteiras? A PF tem o menor or�amento dos �ltimos cinco anos. As for�as armadas n�o tem tido a aten��o do seu governo. O contingenciamento de recursos tem impedido o combate � viol�ncia”, afirmou A�cio.
A presidente apresentou outros dados e citou a experi�ncia de integra��o entre os governos federais e governos estaduais durante a Copa do Mundo. “Acho que a Uni�o deve sempre participar do combate � viol�ncia. Mostramos durante a Copa que quando o governo federal participa ativamente, conseguimos contar todas as formas de viol�ncia”, afirmou Dilma.
Os candidatos falaram tamb�m sobre a quest�o da mobilidade nos grandes centros. A�cio citou as obras em metr�s de Porto Alegre e de Belo Horizonte como exemplos de a��es que n�o foram para frente durante o governo petista. Dilma rebateu ressaltando que a obra na capital mineira est� sendo feita em parceria com o governo estadual e com a prefeitura. Ela afirmou tamb�m que, em outros estados, como Cear� e Rio de Janeiro, as obras j� est�o avan�adas.
TERCEIRO BLOCO - VIOL�NCIA NO TR�NSITO E LEI SECA
A viol�ncia no tr�nsito foi o tema escolhido pela candidata Dilma Rousseff (PT) para abrir a terceira parte do debate presidencial. A petista citou o caso em que o candidato A�cio Neves (PSDB) foi parado em uma blitz no Rio de Janeiro. “Acho importante a Lei Seca para o Brasil. Todas as semanas tem gente morrendo em acidentes de tr�nsito. Temos que tratar esse assunto com seriedade. Ningu�m pode dirigir embriagado ou drogado”, afirmou Dilma Rousseff.
O tucano falou sobre o epis�dio e criticou o que considerou “baixo n�vel de discuss�o” proposta pela candidata petista. “Eu tive um epis�dio em que parei numa Lei Seca, porque minha carteira estava vencida e inadvertidamente n�o fiz o exame. N�o � poss�vel que a senhora queira fazer uma campanha t�o baixa. Est� ofendendo todos os brasileiros que querem mudan�as. O seu governo fracassou”, rebateu A�cio. Eles voltaram a trocar acusa��es sobre den�ncias de corrup��o.