
O candidato do PSDB � Presid�ncia da Rep�blica, A�cio Neves, afirmou nesta sexta-feira, ap�s encontro que selou oficialmente a uni�o com a ex-senadora Marina Silva (PSB) neste segundo turno, que derrotar o PT da advers�ria Dilma Rousseff, no pr�ximo dia 26 de outubro nas urnas, � uma empreitada semelhante a que seu av�, o falecido presidente Tancredo Neves, fez h� 30 anos, ao construir uma alian�a democr�tica para acabar com a ditadura militar no Brasil.
"Eu participei como um espectador privilegiado ao lado do meu av� (Tancredo) da constru��o da alian�a democr�tica que tinha um �nico objetivo, encerrar o ciclo autorit�rio no Brasil, acabar com a ditadura. Hoje temos um outro desafio, que n�o � menor do que aquele, que � encerrar este ciclo de governo que a� est� e que perdeu as condi��es de governar o Brasil pelo fracasso na economia e no descompromisso com a �tica."
Em r�pida entrevista coletiva concedida ap�s o pronunciamento conjunto com Marina, o tucano falou tamb�m das for�as pol�ticas que conseguiu reunir neste segundo turno. Na compara��o com a trajet�ria pol�tica de Tancredo Neves, A�cio disse que as for�as que se uniram em torno do ex-presidente tamb�m atuavam em campos distintos do ponto de vista doutrin�rio, mas tinham um objetivo comum, que era acabar com a ditadura. "Esta alian�a foi vitoriosa", disse, lembrando que seu av� morreu antes de assumir efetivamente o comando do Pa�s, mas os frutos dessa alian�a perduram at� hoje, como a democracia plena. Para ele, a alian�a com Marina Silva tem esse simbolismo, pois representa a nova pol�tica e a liberta��o do jugo do governo petista.
"Ampliamos nossa alian�a em torno de um projeto para o Brasil e a forma como Marina participa deste projeto � o que mais dignifica a pol�tica brasileira", disse, reiterando que n�o falaram sobre uma participa��o dela em um eventual governo do PSDB e que seria desrespeito falar disso. E continuou: "Estou extremamente agradecido � generosidade de Marina que n�o fez qualquer tipo de exig�ncia, apenas prop�s aprofundamento de quest�es que j� trat�vamos em nosso programa de governo. Marina traz um simbolismo muito grande, e eu vejo atrav�s do beijo e do abra�o carinhoso que recebi dela, o abra�o e o beijo de milh�es de brasileiros que querem mudar este Pa�s, s�o esses brasileiros que represento a partir de agora."
Vale Tudo
A�cio tamb�m comentou sobre o clima belicoso, de vale-tudo, segundo analistas pol�ticos, que est� tomando conta dos debates presidenciais neste segundo turno. "Concordo com todos os analistas e lamento profundamente este clima de vale tudo", disse, afirmando que prop�s que os debates fossem feitos em torno de temas program�ticos. "Mas a estrat�gia dela (Dilma) ou do seu marqueteiro n�o foi essa, pretendo continuar apresentando propostas, mas estejam certos que reagirei a todas as ofensas, cal�nias e mentiras que transformaram essa elei��o na pior, do ponto de vista �tico, dos �ltimos tempos", emendou.
O presidenci�vel tucano voltou a dizer que essa estrat�gia � fruto do desespero de seus advers�rios. "O desespero dos nossos advers�rios est� levando com que eles percam a no��o, a sensatez de uma disputa que deveria ser program�tica. Pol�tica n�o � uma guerra, n�o pode ser este vale tudo, n�o pode continuar neste caminho de querer destruir reputa��es para ganhar elei��o, ganhar pra qu�?" E lembrou que a mesma estrat�gia foi usada no primeiro turno contra o falecido governador Eduardo Campos e contra Marina Silva. "S� que comigo n�o, eu vou enfrentar", frisou.
No final da r�pida entrevista, A�cio voltou a fazer novamente o que classificou de "convoca��o" � advers�ria Dilma Rousseff. "Fa�o convoca��o � Dilma para um debate program�tico. Ningu�m destr�i algu�m e vence (uma elei��o), como disse Marina, � preciso vencer as elei��es vencendo." No pronunciamento em que selaram oficialmente a uni�o neste segundo turno, Marina disse que "n�o vale tudo para ganhar uma elei��o."