Na primeira visita que fez a Santa Catarina na campanha pol�tica deste ano, a presidente Dilma Rousseff, candidata � reelei��o, prometeu enviar uma Proposta de Emenda Constitucional ao Congresso para atribuir responsabilidades � Uni�o no combate � criminalidade no Pa�s, nesta sexta-feira, 17, em Florian�polis. O Estado do Sul foi sacudido h� poucos dias por uma s�rie de atentados contra �nibus e casas de policiais, que gerou uma onda de inseguran�a na popula��o. "N�o podemos aceitar que o crime organizado, em v�speras de elei��o, fa�a amea�as veladas; em alguns Estados isso ocorre", destacou a presidente. "N�o podemos aceitar que governos estaduais fiquem sozinhos enfrentado um organismo que n�o � local, � nacional", justificou, referindo-se �s fac��es criminosas que atuam em diversos Estados e t�m mobilidade para, diante da chegada de programas de seguran�a, se deslocar para atuar em outras �reas.
"Dilma, eu te amo"
O ato pol�tico no Centro de Eventos Sul, na regi�o central de Florian�polis, lotou um espa�o com capacidade para 4 mil pessoas. Militantes dos partidos que apoiam Dilma no Estado, especialmente do PT e PC do B, chegaram a cantar diversas vezes "Dilma, eu te amo". A presidente mostrou-se comovida. "Voc�s tocaram meu cora��o e muito me conforta, de forma muito intensa, essa recep��o", afirmou. "O bom de amar � que eu amo voc�s", e complementou: "a coisa mais triste � amor n�o correspondido".
Nos discursos, o governador reeleito Raimundo Colombo (PSD) reconheceu que em 2010 fez campanha por um advers�rio de Dilma, Jos� Serra (PSDB), mas destacou que o melhor sentimento que existe � o da gratid�o, passando a enumerar obras que o governo federal fez ou est� tocando no Estado, como duplica��o de rodovias federais e sistema contra enchentes no Vale do Itaja�. O ex-prefeito de Florian�polis Dario Berger, eleito senador neste ano pelo PMDB, usou palavras semelhantes para agradecer o apoio do governo federal para a urbaniza��o do Maci�o do Morro da Cruz, na capital catarinense.
Dilma repetiu as compara��es entre o ciclo de governos petistas e o ciclo dos governos tucanos de Fernando Henrique Cardoso, afirmando que o Brasil passou a n�o depender mais do Fundo Monet�rio Internacional, passou a ter reservas internacionais, reduziu o desemprego, aumentou a oferta de ensino e fez investimentos em infraestrutura. Ao final, disse que quer inaugurar obras como a ponte de Laguna, na duplica��o da BR-101, e pediu o voto dos catarinenses para um novo mandato.
�rea tucana
A viagem de Dilma a Florian�polis fez parte da tentativa de ganhar terreno em �rea na qual os tucanos t�m vantagem No primeiro turno, A�cio Neves (PSDB) conquistou em Santa Catarina sua mais expressiva vit�ria, com 52,89% dos votos, enquanto Dilma ficou com 30,76%. O tucano recebeu 1.961.224 votos dos catarinenses e a petista 1.140.432. Reeleito no primeiro turno, o governador Raimundo Colombo (PSD), aliado de Dilma, n�o transferiu todos os seus 1.763.735 votos, correspondentes a 51,36% do total. O candidato do PT ao governo do Estado, Cl�udio Vignatti, obteve 534.196 votos, 15,56% do total. Al�m do ato de campanha, Dilma reuniu-se com lideran�as pol�ticas, pouco depois de o vice-presidente Michel Temer ter se encontrado com prefeitos do PMDB, buscando a mobiliza��o para reverter os resultados do primeiro turno.
Baixaria na campanha
Na entrevista coletiva que deu antes de embarcar para Curitiba, Dilma foi questionada sobre a troca de acusa��es que tem ocorrido entre sua campanha e a de A�cio Neves, com quem disputa o segundo turno da corrida presidencial. A presidente sustentou que n�o escolheu esse rumo, mas foi levada a ele pelo concorrente. "Acredito que os debates seriam melhores se fossem propositivos", comparou. "Eu tenho um conjunto de propostas a fazer, algumas delas existem na realidade, como, por exemplo, o Pronatec, o Fies, o Prouni, Minha Casa, Minha Vida, Bolsa Fam�lia e centenas de outras, que s�o concretas e podem ser aferidas, servem para qualquer debate", enumerou. "Acontece que n�o � da mesma forma que o candidato advers�rio tem se comportado", acusou. "N�o posso me furtar ao debate que vier, porque sou candidata, e n�o posso usar nenhum artif�cio para fugir da discuss�o".
