S�o Paulo - O destino dos bancos p�blicos e da Petrobras dominou parte do debate entre o candidato a presidente A�cio Neves (PSDB) e a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata � reelei��o, na Rede Record. A�cio afirmou que correligion�rios de Dilma fazem "grande terrorismo" em rela��o aos bancos estatais. De acordo com ele, � o "mesmo discurso" de que um eventual governo do PSDB "privatizaria esta ou aquela empresa". Mas, de acordo com A�cio, numa eventual administra��o tucana, os bancos p�blicos ser�o fortalecidos. A�cio questionou tamb�m a campanha do governo em 2010 para a compra de a��es da Petrobras com o Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o (FGTS). Ele perguntou a Dilma se � "justo" que a m� gest�o da Petrobras tire o FGTS do trabalhador.
Dilma afirmou que sua rela��o com os bancos p�blicos � de "grande respeito". Ela disse ainda que quem cuida da ind�stria do Pa�s � o Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES). A Caixa Econ�mica Federal, declarou Dilma, faz o Minha Casa Minha Vida. "Esse dinheiro tem subs�dio do governo federal." Segundo a presidente, n�o h� investimento de longo prazo neste Pa�s sem o BNDES e os demais bancos p�blicos. Sobre a compra de a��es com FGTS, a presidente disse que todos os que investiram ganhar�o muito dinheiro. "A Petrobras � e ser� a maior empresa deste Pa�s por muitos anos." Dilma citou tamb�m o pr�-sal, que, segundo ela, produz 500 mil barris por dia.
Em resposta, A�cio afirmou que a Petrobras vai muito mal. "Perdeu apenas no per�odo deste governo cerca da metade do seu valor de mercado, perdeu credibilidade", afirmou o tucano. Olhando para a c�mera, o candidato tucano afirmou que, se eleito, vai valorizar os funcion�rios de carreira dos bancos do governo e que numa eventual gest�o a Petrobr�s voltar� a ser o "orgulho nacional que deixou de ser". "N�o ache que o pr�-sal lhe pertence, pois ele foi descoberto pelos investimentos que foram feitos antes do seu governo", declarou o tucano. Dilma, por sua vez, declarou que A�cio disse uma vez que pensava "em algum momento" privatizar a estatal e que isso n�o estava na pauta no momento.
Em seguida, a presidente voltou ao tema da seguran�a p�blica, defendendo que o governo federal tenha responsabilidade sobre o setor. Dilma afirmou que propor� mudar a Constitui��o para que a seguran�a p�blica possa ter a participa��o conjunta do governo federal com o dos Estados, "numa articula��o de combate ao crime organizado de forma integrada".
A�cio respondeu afirmando lamentar que ela "n�o tenha feito tudo isso ao longo desses �ltimos anos. Ele sugeriu a proibi��o do "represamento, do contingenciamento" dos recursos da �rea. A�cio disse ainda que quer fortalecer a Pol�cia Federal (PF), que, de acordo com ele, teve em 2014 o pior or�amento dos �ltimos cinco anos. A�cio prometeu tamb�m, se eleito, fazer com que as For�as Armadas sejam "parceiras" para controlar as fronteiras. "Seu programa para as fronteiras, em tr�s anos, gastou apenas R$ 1 bilh�o", acusou o candidato do PSDB a presidente, dirigindo-se a Dilma. "No meu governo, n�o vou terceirizar responsabilidades, vou conduzir pessoalmente a pol�tica nacional de seguran�a integrada entre Estados e munic�pios, com investimentos e intelig�ncia."
A presidente e candidata do PT � reelei��o disse que a administra��o federal teve uma experi�ncia "muito exitosa" com o governo de Minas Gerais na seguran�a p�blica durante a Copa do Mundo. Dilma prometeu, se reeleita, levar a todos os Estados essa integra��o, com os Centros de Comando e Controle. "Vou integrar a Pol�cia Federal (PF), a Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF), a For�a Nacional de Seguran�a P�blica (FNSP), as Pol�cias Militares (PMs) e Civis e as For�as Armadas, para agirem em conjunto", disse.