Dilma nega uso eleitoreiro da crise h�drica em SP

 A presidente e candidata � reelei��o, Dilma Rousseff (PT) defendeu n�o fazer uso eleitoreiro da crise h�drica em S�o Paulo. Ela disse que n�o ia falar sobre a quest�o da �gua e que at� agora n�o falou. "Podia ter falado, e lamento, j� que trataram desse jeito". Dilma foi questionada se n�o era contradit�rio ela ter dito ontem, ap�s o debate, que n�o tratara do tema para n�o explor�-lo politicamente e ele ser pauta nesta segunda-feira da sua propaganda eleitoral no r�dio e na televis�o.

Dilma n�o esclareceu por que n�o seria eleitoreiro se a quest�o h�drica foi para o seu programa de televis�o, mas disse ter uma "rela��o federada" com o governador reeleito Geraldo Alckmin (PSDB). Na sua fala, voltou a criticar a falta de planejamento no governo que � do mesmo partido que seu advers�rio na corrida eleitoral, A�cio Neves.

Em coletiva realizada na capital paulista, a presidente ressaltou ter apresentado relat�rios no in�cio do ano ao governador paulista, mostrando que a situa��o do Estado era "dif�cil". Segundo Dilma, em audi�ncia realizada com Alckmin em mar�o, no Pal�cio do Planalto, ela sugeriu que fossem feitas obras emergenciais para garantir o abastecimento no per�odo de estiagem. "Sempre acreditei em duas coisas: quando a situa��o � grave porque o planejamento faltou, h� que se fazer obras emergenciais, por isso que eu as sugeri para o governador", disse a petista. A presidente relatou ainda que o governador n�o quis fazer obras emergenciais, mas pediu enquadramento no regime diferenciado de contrata��o (RDC), usado para agilizar obras. "O governador estava esperando que chovesse", criticou. Mas ressalvou que Alckmin sempre tratou do tema "em alto n�vel".

Dilma citou a disputa entre Rio e S�o Paulo em torno do rio Para�ba do Sul e listou uma s�rie de obras h�dricas feitas em parceria com o governo federal ao longo de sua gest�o e do ex-presidente Lula em parceria com outros Estados. "N�s ajudamos em todas as circunst�ncias, discutimos o volume morto, inclusive na disputa entre S�o Paulo e Rio, constru�mos uma situa��o de di�logo para chegar ao acordo", disse Dilma. "Qualquer tentativa de transferir responsabilidade para o governo federal, n�s olharemos com grande estranheza", completou.

Sobre a acusa��o de Alckmin, que disse que Dilma n�o cumpriu a promessa de desonerar empresas de saneamento, Dilma rebateu dizendo que n�o teria impacto sobre a quest�o do desabastecimento. "Isso n�o faz uma v�rgula na quest�o da �gua. Se fizesse, Cear�, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia estariam com problema de abastecimento de �gua e n�o est�o. Isso � a chamada parte da quest�o que n�o � a verdade."