Porto Alegre - Os candidatos ao governo do Rio Grande do Sul, Jos� Ivo Sartori (PMDB) e Tarso Genro (PT), que tenta a reelei��o, colocaram de novo a renegocia��o da d�vida do Estado como tema central de mais um debate, o sexto do segundo turno da campanha, desta vez na sede da Associa��o Ga�cha de Emissoras de R�dio e Televis�o (Agert)
Logo na primeira pergunta do debate, Sartori acusou Tarso de ter prometido, na campanha de 2002, que renegociaria a d�vida, afirmando que o PT est� h� 12 anos no governo federal e n�o promoveu o acordo. "A proposta n�o foi levada adiante porque eu perdi (a elei��o de 2002)", rebateu Tarso. "Tivemos dois governos depois (de Germano Rigotto, do PMDB, e Yeda Crusius, do PSDB), que n�o apresentaram proposta, ficaram inativos, e no meu governo (desde 2011) a quest�o foi retomada".
Sartori afirmou que o acordo existente, com promessa de aprova��o pelo Senado em novembro, "n�o serve para o Rio Grande" porque prev� apenas a mudan�a da corre��o, de 6% de juros anuais e mais a varia��o do IGP-DI para 4% de juros mais o �ndice que for menor entre o IPCA e a Selic.
Mesmo repassando 13% da receita para amortiza��o, o Estado viu o total crescer de R$ 7,9 bilh�es em 1998, quando houve a consolida��o, para os atuais R$ 50 bilh�es. Tarso vem dizendo que depois de conseguir a revis�o dos �ndices de corre��o, o Estado vai buscar a redu��o do porcentual de comprometimento da receita. Sartori afirma que a negocia��o deveria ser feita de uma vez s� e n�o por etapas.
Ao longo do debate, Tarso repetiu a estrat�gia de provocar Sartori a apresentar propostas, explicar como vai execut�-las e que cortes far� se ganhar o governo. "Primeiro � preciso saber o que tem na contabilidade do Estado", retrucou o peemedebista, acusando o governo do concorrente de n�o ter respondido a perguntas feitas no in�cio da campanha sobre o destino dos saques feitos ao caixa �nico e aos dep�sitos judiciais.
"Olhem na internet e l� acompanhem nossas propostas, ao contr�rio do que diz nosso advers�rio", sugeriu Sartori aos ouvintes. Tarso disse que o concorrente "� um vazio de projetos, que pede um cheque em branco para a sociedade e n�o se compromete com nenhuma proposta". Sartori rebateu acusando o petista de recorrer a muita "fala��o". "Prefiro um cheque em branco que um cheque sem fundos, a promessa por promessa � como um cheque sem fundos", ironizou.