O atestado m�dico do diretor da Petrobras Jos� Carlos Cosenza entregue � CPI mista da estatal teve a doen�a "acrescentada". No documento original, que foi protocolado na comiss�o �s 9h30, n�o constava a doen�a que justificava a aus�ncia de Cosenza de comparecer para depor esta tarde. O atestado assinado pelo m�dico Jos� Eduardo Couto de Castro, com data de ontem, estava escrito apenas que o paciente teve "intercorr�ncias cl�nicas" que justificaram o afastamento dele por 48 horas.
Ao atestado, foi acrescentado o CID 10: F418, que se refere a "hipertens�o essencial prim�ria" com "outros transtornos ansiosos especificados". Autor do requerimento de convoca��o de Consenza, o l�der do PPS na C�mara, Rubens Bueno (PR), foi o primeiro a questionar a aus�ncia do CID no documento original. "Est� muito estranho esse jogo mostrado pelo Pal�cio do Planalto", afirmou o parlamentar do PPS.
Em resposta a Bueno, o presidente da CPI disse inicialmente que foi feita uma complementa��o do documento, com a coloca��o do CID. Em seguida, o l�der do PPS disse que o atestado m�dico foi "adulterado" e cobrou a investiga��o do caso. O l�der do Solidariedade, Fernando Franceschini (PR), defendeu a abertura de inqu�rito para apurar o caso. Para ele, h� um trabalho pol�tico-eleitoral para evitar novos esc�ndalos.
Pressionado pelos oposicionistas, Vital do R�go afirmou que acolheria a sugest�o de investigar o epis�dio como uma "not�cia-crime" e vai determinar a apura��o da suposta adultera��o. O Conselho Federal de Medicina (CFM) afirma que, legalmente, n�o h� a obriga��o de se colocar o CID.
A oposi��o defende a remarca��o do depoimento de Cosenza para esta sexta-feira, prazo que encerraria a validade do atestado m�dico do atual diretor.