Al�m dos enfrentamentos cara a cara feitos nos debates televisivos, os candidatos � Presid�ncia Dilma Rousseff (PT) e A�cio Neves (PSDB) t�m protagonizado uma batalha intensa nas redes sociais. Os dois candidatos t�m usado a plataforma para fazer ataques, defender-se e mostrar algumas propostas. A estrat�gia da petista e do tucano tamb�m � similar na utiliza��o de artistas declarando voto de apoio.
Nas mensagens de hoje, Dilma aproveitou sua passagem por Uberaba (MG) para lan�ar a hashtag #DilmaPraMudarMinas. A investida da petista no Estado tenta conter um poss�vel avan�o do tucano em um territ�rio considerado estrat�gico para ambos. Dilma tem explorado com frequ�ncia o fato de ter vencido A�cio em Minas Gerais no primeiro turno e argumenta que "quem conhece n�o vota nele".
Economia
Com mensagens publicadas pela assessoria de imprensa em seu perfil pessoal, a presidente voltou a atacar o ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga, que foi apontado por A�cio como eventual futuro ministro da Fazenda e disse que ele "acha que o sal�rio m�nimo est� alto demais". "Nessa campanha � importante lembrar como foi o governo do PSDB. Eles desempregaram 11 milh�es de brasileiros", escreveu. J� A�cio, que hoje pela manh� n�o teve atividades p�blicas, aproveitou o Twitter para continuar refor�ando o seu discurso contra a economia e garantir que n�o acabar� com programas sociais do PT. "Cada m�s, a desconfian�a � maior em rela��o � economia", postou o tucano. "Reafirmo meu compromisso com os programas sociais, como o Bolsa Fam�lia, e o fortalecimento dos bancos p�blicos".
O tucano aproveitou ainda para escrever sobre o que chamou de "compromisso pessoal" com os aposentados e voltou a dizer que se eleito vai rever o fator previdenci�rio. Ele destacou tamb�m que vai continuar lutando contra "as mentiras do PT". No Facebook, a aposta dos candidatos foi desde v�deos pr�prios at� exalta��o de artistas que est�o os apoiando. A�cio aparece em duas mensagens gravadas. Em uma delas, pede mobiliza��o e repete que "falta muito pouco tempo para a liberta��o do Brasil". Em outro v�deo, o tucano destaca que "o Brasil merece um governo decente, eficiente, qualificado". No quesito artistas, A�cio destacou o depoimento da cantora Paula Toller e, logo na sua primeira postagem de hoje, colocou um v�deo do cantor Xandnax, vocalista da banda Avi�es do Forr�, com uma par�dia da m�sica Festa, de Ivete Sangalo.
J� Dilma usou o Facebook nesta quarta-feira para mostrar, entre outras coisas, o apoio de intelectuais internacionais. Com a frase "se eu fosse brasileiro eu votava em Dilma Rousseff", a p�gina da presidente mostrou o apoio do jornalista franc�s Ign�cio Ramonet, do escritor argentino Mempo Giardinelli, do compositor cubano Silvio Rodr�guez e do escritor uruguaio Eduardo Galeano. Em uma das mensagens, originalmente publicada pela p�gina do PT, Dilma voltou a usar a crise h�drica vivida em S�o Paulo para criticar o que tem chamado de falta de planejamento e gest�o dos governos tucanos. Nas postagens, h� uma foto de A�cio ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e uma nota da Ag�ncia Nacional de �guas rebatendo declara��es do governo estadual.
Uso das redes
Ao longo de toda campanha, as redes sociais tornaram-se importante ferramentas de comunica��o. No pleito passado, a for�a dessas comunidades virtuais ainda n�o tinha relev�ncia, mas nas elei��es de 2014 definitivamente elas tiveram um papel muito importante. Para o doutor em Comunica��o e professor de m�dias sociais do Mackenzie Celso Figueiredo, ao longo do processo eleitoral, a campanha de Dilma tem sido mais consistente e com melhor n�vel t�cnico. No entanto, A�cio tem sido o mais inovador.
"O A�cio foi o mais inovador ao usar o WhatsApp e incentivar a dissemina��o de seu v�deo, mas de uma maneira geral a distribui��o de assuntos da campanha da Dilma � mais completa", afirmou. Para o professor, a petista tem um estrutura mais consistente por tr�s de sua candidatura, mas nesta reta final � o tucano que tem conseguido marcar uma presen�a maior nas redes. "Agora no final tenho visto A�cio mais presente, com apoios e v�deos que v�o desde o depoimento de FHC at� de Chit�ozinho e Xoror�".