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Estado de Minas

Candidatos ao governo do RJ trocam acusa��es em debate


postado em 24/10/2014 03:55 / atualizado em 24/10/2014 08:01

Rio, 24 - Uma intensa troca de acusa��es deu o tom do debate promovido ontem � noite pela TV Globo entre os candidatos a governador do Rio de Janeiro - o atual governador, Luiz Fernando Pez�o (PMDB), que concorre � reelei��o, e o senador e ex-ministro da Pesca Marcelo Crivella (PRB). Crivella � sobrinho do bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus. Pez�o era vice do governador S�rgio Cabral (PMDB), que renunciou em abril deste ano para que o futuro candidato se tornasse mais conhecido.

A principal acusa��o de Crivella a Pez�o � que ele representa o grupo pol�tico de Cabral, bastante desgastado ap�s esc�ndalos como uma comemora��o realizada em Paris em que empres�rios e integrantes do governo dan�aram com guardanapos na cabe�a. Outro motivo de cr�ticas foi o uso do helic�ptero que fica � disposi��o do governador para levar o cachorro da fam�lia de Cabral � casa que o ex-governador mant�m em Mangaratiba, na Costa Verde fluminense. Pez�o, por sua vez, acusa Crivella de usar a estrutura da Igreja Universal para alavancar sua candidatura e de representar os interesses de Edir Macedo.

O primeiro ataque mais exaltado partiu de Pez�o, depois que Crivella o acusou de gastar R$ 330 milh�es em publicidade. "Esse conv�vio seu com o (deputado federal e candidato derrotado a governador pelo PR Anthony) Garotinho est� muito triste, voc� est� mentindo igual a ele", reagiu Pez�o, que � ferrenho advers�rio de Garotinho. Crivella reagiu negando que tenha mentido e reafirmando o valor gasto com publicidade pelo governo. Em seguida afirmou que a qualidade da seguran�a p�blica em um Estado "depende do governador n�o estar envolvido em esc�ndalos, n�o ir fazer a dan�a na boca da garrafa ou com guardanapo na cabe�a em Paris, se imiscuindo com empres�rios", numa refer�ncia a um dos esc�ndalos envolvendo Cabral.

Numa quest�o seguinte, Pez�o afirmou que Crivella � "testa de ferro de Edir Macedo", e foi interrompido pela plateia, que se dividiu entre vaias e aplausos. A mediadora, jornalista Ana Paula Ara�jo, pediu sil�ncio ao p�blico, composto por assessores e correligion�rios dos dois candidatos, e autorizou Pez�o a continuar sua resposta. Ele repetiu a acusa��o. "Voc� � testa de ferro do Edir Macedo, e isso n�o sou eu que estou dizendo, foi um procurador federal quem afirmou". Pez�o chegou a indicar um site que re�ne cr�ticas ao seu advers�rio.

"Pez�o, infelizmente voc� perdeu o ju�zo. (...) Voc� sabe que faz parte de um governo corrupto e quer misturar pol�tica com religi�o. Se eu sou testa de ferro, se ele (Edir Macedo) tem tanto poder, por que n�o botou dinheiro na minha campanha? Por que eu tive que andar e dirigir sozinho?", afirmou Crivella, que nesse momento foi interrompido por parte da plateia, aparentemente duvidando da falta de ajuda ao candidato. A mediadora deu mais uma bronca no p�blico. Ao retomar sua resposta, Crivella afirmou que pessoas feridas deixam de contar com helic�ptero do governo estadual para serem socorridas mais rapidamente porque o aparelho � usado "para transportar o cachorro do governador". O candidato ainda acusou Pez�o de "puxar o saco" de Edir Macedo, meses atr�s, e agora estar fazendo acusa��es ao bispo.

No �ltimo bloco do debate, um alarme sonoro disparou e causou duas interrup��es nas falas dos candidatos. Ap�s as considera��es finais, quando a mediadora ainda estava agradecendo aos participantes pelo debate, o p�blico mais uma vez come�ou a se manifestar, entre aplausos e gritos de guerra, que persistiram at� o fim da transmiss�o pela TV.


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