O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva quer concorrer ao Pal�cio do Planalto em 2018 e, para tanto, avalia que precisa ter maior protagonismo no segundo governo de Dilma Rousseff.
No diagn�stico de Lula, Dilma precisa sair do isolamento nos pr�ximos quatro anos e se reaproximar dos pol�ticos, dos empres�rios e dos movimentos sociais, sob pena de o PT enfrentar problemas para se manter no poder depois de mais quatro anos. S�bado, em S�o Bernardo do Campo, o ex-presidente chegou a falar em "lacerdismo".
"Se Lula quiser ser candidato a qualquer coisa, ter� o meu apoio e eu estarei a seu lado, como sempre estive em todas as campanhas, desde a de 1982, quando ele concorreu ao governo de S�o Paulo", afirmou o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. O ministro negou especula��es de que esteja se movimentando para enfrentar Lula e disputar o Pal�cio do Planalto, em 2018.
"Isso � bobagem. Eu j� cumpri minha miss�o e n�o disputarei mais nada se n�o houver reforma pol�tica e se as regras de financiamento de campanha n�o mudarem", afirmou Mercadante. "Lula � o candidato do cora��o da milit�ncia do PT e n�o h� nenhuma discuss�o no partido que n�o seja a do nome dele."
Substitutos
Al�m de Mercadante, os nomes do governador da Bahia, Jaques Wagner, do governador eleito de Minas Gerais, Fernando Pimentel, e do prefeito de S�o Paulo, Fernando Haddad, s�o citados como poss�veis substitutos de Lula nas pr�ximas elei��es.
Para Jaques Wagner, antes de discutir 2018, o PT precisa ser reformado. Ao lembrar que desde o esc�ndalo do mensal�o, em 2005, o partido vem sofrendo sucessivo processo de desgaste, Wagner disse ser necess�rio se concentrar primeiro nas mudan�as internas.
"Lula tamb�m quer discutir esse �dio que brotou contra o PT", comentou o governador. "O que aconteceu em S�o Paulo, por exemplo? Foi s� que n�o conseguimos ter o desempenho esperado ou � o sucesso do tucanato l�?"
Na avalia��o de Wagner, � "�bvio" que Lula � o candidato natural do partido na disputa de 2018. "Se ele disser 'eu topo' n�o tem discuss�o. Ele sempre ser� nossa reserva pol�tica e eleitoral", argumentou o governador da Bahia, ele pr�prio v�tima da hostilidade antipetista quando deixava um restaurante com a fam�lia, em S�o Paulo, na semana passada.
A partir de fevereiro, o grupo mais pr�ximo de Lula dar� in�cio aos preparativos para pavimentar o caminho do ex-presidente at� 2018. "Agora � esperar a poeira da elei��o baixar. No in�cio do ano que vem vamos come�ar a trabalhar nisso", disse o prefeito de S�o Bernardo, Luiz Marinho, outro que n�o tem d�vida de que Lula ser� candidato. "Ele n�o diz que topa, mas n�o diz que n�o topa. Ent�o ele topa", concluiu Marinho.
Em p�blico, Lula j� deu v�rias declara��es sobre a perspectiva de retornar ao Planalto. No ano passado, ao falar sobre o futuro do PT para uma plateia de aliados do Paran�, desabafou: "Se me encherem muito o saco, eu volto em 2018".